No capítulo da inovação, o E-Type da Jaguar foi um dos exemplos mais marcantes da indústria automóvel. Fabricado de 1961 a 1974, o E-Type foi oferecido com carroçaria coupé e descapotável, tendo sido concebido sobre a base do D-Type, o Jaguar de competição que venceu provas como as 24 Horas de Le Mans de 1955 a 1957, deixando para trás a concorrência da Ferrari, Aston Martin, Mercedes e Porsche.

Foi esta herança da competição que permitiu ao E-Type usufruir de uma série de soluções raras nos automóveis de estrada da época, como os travões de disco às quatro rodas, suspensões independentes à frente e atrás e um sistema de direcção por pinhão e cremalheira. Mas igualmente importante foi o facto de o E-Type abrir mão dos chassis típicos dos anos 50, com longarinas e travessas, substituindo-o por um monobloco central em aço, a que se uniam as estruturas tubulares que suportam as suspensões e o conjunto motor/caixa, que surgem em posição dianteira mas quase central.

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Depois de ter conseguido impôr-se como um dos desportivos mais eficazes e elegantes do seu tempo, o que alegadamente até levou Enzo Ferrari a afirmar que o E-Type era o carro mais belo do mundo, a produção cessou em 1974. Agora, 50 anos depois, voltam a sair exemplares novinhos em folha deste inconfundível coupé das instalações do construtor em Inglaterra, mas apenas duas unidades.

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Os dois novos E-Type foram fabricados pela Jaguar Classics, a divisão da marca que restaura modelos antigos e, ocasionalmente, produz de raiz novas unidades de veículos que deixaram de ser fabricados há décadas. Os dois E-Type foram encomendados por um fervoroso cliente asiático da Jaguar e tardaram cerca de 2000 horas a produzir. São ambos descapotáveis e da Série 1, tendo a marca recorrido a uma colaboração com a também britânica Deakin & Francis, um reputado joalheiro que produziu as aplicações em ouro, prata e madrepérola para decorar os dois modelos, de acordo as especificações do cliente.