Com as eleições presidenciais norte-americanas ao virar da esquina, até o apelo ao voto desfilou na grande noite dos CFDA, conhecidos como os Óscares da Moda, pelos galardões distribuídos pelo Council of Fashion Designers of America, a organização sem fins lucrativos fundada por Eleanor Lambert em 1962. No cenário do Museu Americano de História Natural, os destaques do setor, dos estreantes aos veteranos, não começam nem acabam com essas palavras da senadora de Nova Iorque, Kirsten Gillibrand — mas afinal também o que vestimos e como vestimos é um exercício político.
Apresentado pela atriz britânica Cynthia Erivo, o serão arrancou com as observações do presidente da Câmara da Moda, o designer Thom Browne, seguiu com atuações de nomes como a francesa Yseultperforming, a exibição de um filme dirigido por Nian Fish which, que evidencia os pontos altos da moda americana do último ano, e deu ainda a palavra à presidente da Amazon Fashion, Jenny Freshwater, que apresentou o troféu Inovação.
Desde logo, quatro talentos foram coroados melhores designers americanos do ano. Rachel Scott da Diotima agarrou o título na categoria de Womenswear. Pela segunda vez consecutiva, Willy Chavarria venceu no segmento Menswear. Nos acessórios, Paris Hilton e Nicole Richie anunciaram o nome vitorioso de Raul Lopez, da Luar, que se estreou a vencer em 2022. Por sua vez, Molly Gordon e Brandon Maxwell entregaram a Henry Zankov o prémio de Designer Emergente Google Shoping.
A gala distribuiu ainda menções honrosas por consagrados. O cantor André 3000 anunciou a cantora Erykah Badu como Fashion Icon. E o Prémio Fundador, em homenagem a Eleanor Lambert, seguiu para as mãos do editor britânico Hamish Bowles, entregue por Marc Jacobs.
Ruben Toledo recebeu em nome da falecida mulher, Isabel Toledo, o recém batizado galardão com o seu nome. O prémio Carreira Geoffrey Beene agraciou Stephen Burrows enquanto o Prémio Inovação sublinhou a campanha Coachtopia da Coach.
Coube à atriz Blake Lively confiar a Michael Kors o Prémio para uma Mudança Positiva. E a Anna Wintour entregar à fotojornalista Annie Leibovitz o Prémio Media, em homenagem a Eugenia Sheppard. Já Amy Griffin depositou o Prémio Internacional a Daniel Roseberry, o mago ao leme da Schiaparelli.
E por falar em looks dignos de uma passadeira vermelha, percorra a galeria em cima para ver alguns dos nomes presentes e respetivas escolas.