O Novo Banco fechou os primeiros nove meses de 2024 com lucros de 610,4 milhões de euros, cerca de 4% menos do que no período homólogo (638,5 milhões), com o banco a destacar que fez uma provisão de 30 milhões relacionada com “o processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação”, Sem esse efeito não-recorrente, os lucros teriam crescido ligeiramente (0,3%), indica o banco em comunicado de imprensa.
Apesar da tendência de descida das taxas de juro, o banco registou um aumento da margem financeira, que cresceu de 831 para cerca de 886 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano. Ainda assim, na desagregação por trimestre, o banco já registou uma descida de 1,5% na margem financeira no terceiro trimestre.
Esta é, em termos simples, a diferença entre aquilo que o banco cobra nos créditos que concede e os seus custos de financiamento (depósitos dos clientes, grosso modo). O desempenho positivo da margem financeira, embora crescendo mais devagar, estará relacionado com o facto de a descida dos juros se refletir de forma lenta no cálculos das prestações pagas pelos clientes, que são revistas apenas nos prazos definidos (regra geral, três, seis ou 12 meses).
Para conservar a margem financeira, o banco reduziu a remuneração dos depósitos. “A taxa de juro média dos depósitos no mês de setembro de 2024 foi de 1,26%, que compara com 1,48% no mês de junho de 2024”, indica o banco em comunicado de imprensa.
Por outro lado, o Novo Banco aumentou em 10,7% a cobrança de comissões, superando os 240 milhões de euros nessa rubrica que também conta para o produto bancário. Esse aumento da cobrança de comissões foi “suportado pelo desempenho do franchising do Novo Banco com uma base de clientes crescente e pela dinâmica na execução de iniciativas para incrementar as receitas de comissões, principalmente na gestão de contas e meios de pagamentos”.