Longe vão os tempos em que o Manchester United era um clube dominador, com estabilidade e que entrava em todas as competições para ganhar. Os treinadores mudaram, a gestão do clube sofreu alterações e até os donos dos red devils são outros. Só os adeptos ficaram e, nos últimos dias, voltaram a ganhar esperança numa eventual mudança de paradigma. A última semana começou com Erik ten Hag a ser despedido do comando técnico da equipa. Ruud van Nistelrooy assumiu, de forma interina, a posição e, logo no primeiro jogo, goleou o Leicester na Taça da Liga (5-2). Seguiu-se a oficialização de Rúben Amorim, que aterrará em Manchester no dia 11.

“It’s done”: Rúben Amorim confirmado como novo treinador do United, leões recebem 11 milhões (e mais 1,6 por extinção de créditos)

E é com o ainda treinador do Sporting que o Manchester United projeta voltar a viver dias de glória. O contexto não é muito diferente daquele que Amorim vivenciou quando chegou ao Sporting. Mas antes da chegada do português, os red devils tinham pela frente uma difícil receção ao Chelsea, num jogo em que só a vitória interessava devido ao 14.º posto na classificação à partida para esta jornada. Ainda assim, os blues estão num momento bastante diferente do da temporada passada e, com Enzo Maresca ao leme, voltaram a apresentar um nível exibicional de excelência, que tem impulsionado os bons resultados.

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“Vai ser um grande jogo, um jogo difícil. O Chelsea está a jogar muito bem neste momento. Têm muito poder ofensivo, jogadores que podem decidir o jogo, marcam muitos golos e jogam muito bem com a bola. Por isso, vamos ter de dar o nosso melhor para conseguir um bom resultado. Não faremos muitas mudanças. Ainda temos esperança e estamos a trabalhar arduamente para que o Eriksen faça parte do plantel. Está a trabalhar arduamente para o conseguir no último momento”, assegurou Van Nistelrooy na antevisão da partida.

Sem grandes surpresas, o técnico neerlandês manteve a base da equipa, com Diogo Dalot e Bruno Fernandes a atuarem de início, confirmando-se ainda a ausência do médio dinamarquês. Já o Chelsea, que não contou com Jadon Sancho por doença, teve Pedro Neto a titular e João Félix e Renato Veiga no banco de suplentes. A jogar em casa, os red devils entraram melhor na partida, dispondo de mais bola, mas a primeira oportunidades pertenceu aos blues que, na sequência de um canto, viram Madueke acertar no poste (14′). Na resposta, Garnacho testou Sánchez, mas não conseguiu fazer melhor (24′). No fecho do primeiro tempo, o Manchester United respondeu da mesma moeda, com Rashford a rematar à barra depois de um grande passe de Bruno (45+2′).

A etapa complementar abriu com um internacional português novamente em destaque, já que Pedro Neto tentou o golo com um remate cruzado, mas falhou a baliza (55′). Perante o bom início do rival, a equipa de Van Nistelrooy reagiu bem e, depois de Sánchez ter derrubado Hojlund, conquistou um penálti. Na cobrança, Bruno Fernandes enganou o espanhol e faturou pela primeira vez nesta Premier League (70′). Contudo, a resposta londrina não se fez esperar e, com um pontapé de primeira à entrada da área, Moisés Caicedo empatou o desafio (73′).

Na parte final da partida, Nicolás Jackson aproveitou uma escorregadela de De Ligt para se isolar, a bola sobrou para Enzo, mas o ex-Benfica rematou por cima (76′). Pouco depois, na sequência de uma recuperação alta de Lindelöf, Garnacho tentou o golo com um grande remate, mas a bola saiu por cima (89′). Logo a seguir foi a vez de Bruno tentar o bis, só que o lance teve o mesmo desfecho. Desta forma, Manchester United e Chelsea voltaram a empatar, naquele que é o confronto com mais empate na história da Premier League (27 e 65 jogos). Antes do início da era Amorim, o United tem ainda pela frente o PAOK (quinta-feira) e o Leicester (domingo), ambos em casa.