Fábio Loureiro, o único dos cinco reclusos de Vale de Judeus que foi capturado, deverá ser extraditado de Marrocos para Portugal “nos próximos dias”, estimou Luis Neves esta segunda-feira. O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) apontou atrasos das autoridades marroquinas, sem confirmar datas para a extradição, em entrevista à Rádio Renascença.
“O recluso que foi recapturado em Marrocos, esperamos que num muito curto prazo de tempo regresse a Portugal, e a extradição seja efetivada. Apenas isso”, avançou o diretor da PJ, naquela que foi a sua primeira entrevista desde que foi reconduzido no cargo.
Luis Neves recusou avançar novas informações sobre a fuga da prisão de Vale de Judeus, no dia 7 de setembro, admitindo que estas existem, mas argumentando que “não pode, nem quer falar” sobre as mesmas. Também sobre a extradição de Fábio Loureiro, os detalhes são curtos. Sabe-se que o fugitivo se opôs, inicialmente, à extradição, como noticiou o Observador, tendo aceitado a medida poucos dias depois da decisão inicial.
Mas a efetivação da extradição “depende das autoridades judiciárias do Estado de Marrocos”, ressalva Luis Neves. “Tem havido lá uns problemas com uma greves, que tem levado a um atraso na processualização deste ato”, explicou. Ainda assim, as autoridades portuguesas estão a trabalhar de forma próxima com as autoridades marroquinas, o que leva o diretor da PJ a estar “convencido” que o processo seja efetivado “nos próximos dias”.