As atrizes Joana Bernardo, Lia Carvalho e Fátima Soares foram esta terça-feira distinguidas com o Prémio Atores de Cinema da Fundação GDA — Gestão dos Direitos dos Artistas, numa cerimónia em Lisboa.

Naquela que é a 17.ª edição dos prémios, Joana Bernardo foi distinguida na categoria Melhor Interpretação de Papel Principal, em “A Noiva”, de Sérgio Tréfaut, Lia Carvalho na de Melhor Interpretação de Papel Secundário, em “Viver Mal”, de João Canijo, e Fátima Soares na de Novo Talento, em “Légua”, de Filipa Reis e João Miller Guerra.

As vencedoras recebem prémios monetários no valor de quatro mil euros (Melhor Interpretação de Papel Principal), três mil euros (Melhor Interpretação de Papel Secundário) e dois mil euros (Novo Talento).

O Prémio Atores de Cinema, atribuído anualmente, visa “promover, valorizar e distinguir o trabalho das atrizes e dos atores no cinema português”.

Este ano fizeram parte do júri os atores Rita Durão, Isabel Abreu e Tomás Alves, que avaliaram o trabalho de interpretação de colegas em filmes estreados comercialmente em sala entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023.

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A GDA recorda que, além de “A Noiva”, Joana Bernardo, recentemente, também esteve no elenco de “Último Verão”, de João Nuno Pinto e Fernanda Polacow, e “Tapete Voador”, de Justin Amorim.

“A Noiva”, de Sérgio Tréfaut, é uma ficção inspirada em histórias reais de raparigas que se juntaram a combatentes pelo autoproclamado Estado Islâmico, e foi rodado no Curdistão iraquiano.

Já Lia Carvalho “tem consolidado o seu trabalho em diferentes produções cinematográficas, como, por exemplo, em ‘Verão Danado’, de Pedro Cabeleira”.

“Viver Mal” e “Mal Viver” são duas ficções de João Canijo que se interligam, tendo como cenário um hotel gerido por uma família.

“Mal Viver” “é a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana”, lê-se na sinopse. “Viver Mal” segue em paralelo àquela história, focando-se nos hóspedes que passam pelo hotel.

Fátima Soares demonstrou, ao estrear-se no cinema aos 75 anos, que “o talento e a paixão pela arte não têm idade”.

“Légua” é a segunda longa-metragem de ficção de Filipa Reis e João Miller Guerra, e a história acontece numa antiga casa senhorial, em que a única habitante é a governanta, Emília (Fátima Soares), determinada a manter tudo limpo e preparado para acolher os proprietários que nunca lá vão.

No trabalho doméstico, Emília conta com a ajuda de Ana (Carla Maciel), que acabará por se tornar na sua cuidadora informal, no casarão desocupado, por causa de problemas de saúde.