A mudança foi por pouco tempo. Depois de a Direção-Geral de Saúde ter anunciado, na segunda-feira, que o Boletim de Saúde Infantil e Juvenil passaria a ser amarelo, deixando de associar a sua cor ao género de cada criança (havendo versões em azul para meninos e cor de rosa para meninas), o Ministério da Saúde impôs um recuo. Assim, os boletins vão continuar a existir em azul e rosa.

Como o Expresso avançou, e como se lê numa nota enviada à comunicação social na manhã desta terça-feira, a DGS assume que foi “por decisão do Ministério da Saúde” que o boletim “vai retomar as cores que eram usadas: azul e rosa”.

“Paralelamente, a DGS prossegue o processo de desmaterialização deste registo, permanecendo a versão em papel apenas para as situações em que não seja possível emitir a versão digital”, lê-se na mesma nota.

A diretora geral da Saúde, Rita Sá Machado, tinha anunciado esta segunda-feira que deixariam de existir boletins “consoante o género” e que seriam “todos amarelos”. Mas o deputado do CDS João Almeida reagiu de seguida, na rede social X, declarando que a decisão seria “mais um disparate de quem devia dedicar-se a melhorar efetivamente a política pública de saúde” e rematando com a hashtag #naosomostodosamarelos. A publicação sinalizou que pelo menos os parceiros democratas-cristãos que integram o Governo não estariam confortáveis com a mudança. E o Executivo acabou mesmo por revertê-la.

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