Pelo menos 15 reclusos morreram e 14 ficaram feridos num motim esta terça-feira na Penitenciária do Litoral, uma das prisões mais problemáticas do Equador, localizado em Guayaquil, segundo o Serviço Nacional Penitenciário do país (SNAI).
De acordo com este organismo, o Bloco de Segurança, constituído pela Polícia, pelas Forças Armadas e pelos ministérios do Interior e da Defesa, recuperou o controlo total do centro penitenciário.
Os confrontos tiveram início por volta das 3h30 locais (8h30 em Lisboa), depois de os vizinhos que vivem nas imediações do centro e as autoridades penitenciárias terem alertado a polícia para disparos de armas de fogo.
Os serviços de segurança agiram “imediatamente para assumir o controlo total das instalações e ativar uma operação de busca em grande escala, além de iniciar as investigações correspondentes para esclarecer o que aconteceu”, disse o SNAI numa breve nota na sua conta na rede social X.
El Servicio Nacional de Atención Integral a Personas Adultas Privadas de la Libertad y a Adolescentes Infractores (SNAl) informa: pic.twitter.com/LcVHR6smvw
— SNAI Ecuador ???????? (@SNAI_Ec) November 12, 2024
“Atualmente, a prisão está sob controlo total. Foi destacado um contingente significativo de militares e polícias para garantir a segurança e evitar novos incidentes”, acrescentou.
Os corpos de dois reclusos foram encontrados na mesma prisão há um mês. Em meados de setembro, a diretora deste centro prisional, María Daniela Icaza, foi morta a tiro por um assaltante quando ia para casa.
A Penitenciária do Litoral é a maior prisão do complexo penitenciário de Guayaquil, um complexo de cinco estabelecimentos onde estão detidos cerca de 12 mil reclusos e que em anos anteriores foi palco dos piores massacres entre reclusos registados na onda de violência criminal em que o Equador se encontra desde o final de 2020.
O Governo do Equador declarou o estado de conflito armado interno em janeiro deste ano, depois de um comando ter assaltado uma estação de televisão, culminando uma escalada de violência que se verificou nas prisões do país.