O Plano de Drenagem da cidade de Lisboa tem contemplado um investimento de 79 milhões de euros para 2025, segundo a proposta de orçamento municipal apresentada esta quarta-feira pelo vice-presidente da Câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP).
“O ano de 2025 é muito importante. Nós temos previstos 79 milhões de euros [para o Plano de Drenagem]. É uma obra que está a avançar a bom ritmo”, referiu o autarca.
Em representação da liderança PSD/CDS-PP na Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia apresentou esta manhã nos Paços do Concelho uma proposta de orçamento municipal de 1.359 milhões de euros para 2025, ligeiramente superior aos 1.303 milhões previstos para este ano.
Referindo alguns pormenores daquilo que está previsto para 2025 relativamente a esta obra, o autarca referiu que está prevista a conclusão do túnel de Santa Apolónia e que 50% do primeiro túnel ficará construído.
“É uma obra exigente. Muitas vezes não se vê os resultados porque é subterrânea, mas julgo que todos, até por aquilo que tem sido o fenómeno em vários países, até aqui ao lado, em Espanha, todos nós compreendemos a importância deste investimento”, argumentou.
Com um investimento total de cerca de 250 milhões de euros, o Plano Geral de Drenagem de Lisboa — primeiro anunciado em 2006, mas que só avançou em 2015, com Fernando Medina (PS) na presidência da autarquia — é considerado uma obra importante para enfrentar cheias e inundações na capital, mas as grandes intervenções, nomeadamente a construção de túneis, só arrancaram em 2023 sob a presidência de Carlos Moedas (PSD).
O primeiro túnel, em Campolide, já está a ser construído.
Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025), proposto pela gestão PSD/CDS-PP, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), que governa Lisboa sem maioria absoluta. Se for aprovado, será executado em ano de eleições autárquicas.
Os primeiros três orçamentos da liderança PSD/CDS-PP foram aprovados graças à abstenção do PS, tendo a restante oposição – PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) – votado contra.
No orçamento municipal para este ano de 2024, a câmara estimou uma despesa de 1,3 mil milhões de euros, “bastante alinhada” com a de 2023.
Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.