O homem que fugiu algemado de uma carrinha da PSP em Lisboa — e foi encontrado pela GNR já no Algarve — foi presente esta quinta-feira no Tribunal da Relação de Évora para interrogatório e vai continuar detido no Algarve até à decisão relacionada com a sua entrega a Alemanha.

Segundo a Lusa, que cita fonte ligada à defesa, o homem anunciou durante a sessão que se opõe à extradição, alegando que foi maltratado na Alemanha.

De acordo com a nota divulgada pela Relação de Évora, o homem natural de Marrocos já foi conduzido para uma cadeia do Algarve, “onde aguardará a decisão acerca da sua entrega ao estado requerente, após a apresentação da respetiva defesa”.

O recluso detido no âmbito de um mandado de detenção europeu fugiu esta terça-feira de uma carrinha celular da PSP, quando estava a chegar ao Tribunal da Relação de Lisboa, para ser presente a juiz. Nessa altura, assim que os agentes abriram as portas da carrinha, o homem fugiu, tendo conseguir tirar as algemas de uma das mãos.

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GNR confirma detenção no Algarve de recluso que fugiu à polícia em Lisboa

A fuga, no entanto, durou pouco tempo, tendo sido encontrado esta quarta-feira de manhã pela GNR na freguesia de Estômbar, em Lagoa. Nesse momento, o homem foi revistado e tinha ainda consigo as algemas com as quais fugiu. Foi detido e levado para o posto territorial de Lagoa onde, em coordenação com a PSP, foi formalmente identificado.

A PSP abriu um inquérito interno logo na terça-feira para apurar as circunstâncias em que aconteceu esta fuga. Já esta quarta-feira, o Sistema de Segurança Interna esclareceu a nacionalidade do fugitivo confirmando que o mesmo é marroquino e não argelino, como as autoridades pensaram inicialmente, em virtude de ter na sua posse um passaporte da Argélia.

Segundo informação divulgada pelo Sistema de Segurança Interna (SSI) o mandado de detenção foi inserido pela Alemanha no sistema de troca de informações policiais dirigido a um cidadão marroquino. “No sistema informático, no processo que é verificado aquando do tratamento dos títulos de residência (neste caso a renovação), pela AIMA, consta a informação que não existem medidas cautelares. Tal sucedeu devido à troca da nacionalidade (do homem em causa) na inserção dos dados no sistema pelas autoridades estrangeiras responsáveis”, explicou o SSI.