O número de passageiros transportados subiu em 2023, em todos os modos de transporte, com mais 10,1% no rodoviário, 16,7% no ferroviário, 20,7% no metropolitano, 18,9% no aéreo e 21,5% no fluvial, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as Estatísticas dos Transportes e Comunicações, publicadas esta sexta-feira pelo INE, no ano passado, foram transportados por comboio 200,3 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 16,7%, após ter subido 42,2% em 2022.
Já o transporte de passageiros por metropolitano aumentou 20,7% face a 2022, para um total de 263,2 milhões de passageiros, depois de ter registado um crescimento de 58,6% em 2022.
Pelo Metropolitano de Lisboa circularam 165,9 milhões de passageiros, o que significou um acréscimo de 21,3% face ao ano anterior, enquanto o Metro do Porto totalizou 79,2 milhões, com um crescimento de 21,4%, e o Metro Sul do Tejo teve um crescimento de 11,9%, tendo transportado 18,1 milhões de passageiros.
Em 2023, a rede ferroviária nacional, composta por linhas e ramais explorados e não explorados, tinha uma extensão total de 3.621,6 quilómetros (tal como em 2022), com a rede em exploração a representar 69,8% do total, com uma extensão de 2.527,1 quilómetros (km).
O parque ferroviário era constituído por 381 veículos de tração, 2.050 vagões e 1.022 veículos de transporte de passageiros.
Quanto ao transporte ferroviário de mercadorias, foram transportadas 8,6 milhões de toneladas, o equivalente a mais 2,2%, sendo que o transporte internacional de mercadorias fixou-se em 1,8 milhões de toneladas, tendo registado um aumento homólogo de 5% (após -0,4% em 2022).
Tal como em anos anteriores, o transporte internacional foi realizado exclusivamente de e para Espanha.
A rede rodoviária nacional também voltou a crescer ligeiramente em 2023, para 14.339 Km (+0,05%) com um novo troço de sete quilómetros na região de Braga.
A travessia diária de veículos rodoviários sobre o Tejo cresceu 5,2% (+13,8% em 2022) e atingiu 217.500 veículos em 2023.
Tal como no ano anterior, a receita cobrada cresceu 11,5%, para 98,6 milhões de euros, ou seja, uma subida mais acentuada do que a do número de veículos.
O parque de veículos presumivelmente em circulação continuou a aumentar, em 2023, para 7,3 milhões (+0,6%), mas pela primeira vez registou-se um decréscimo simultâneo em veículos ligeiros a gasóleo e a gasolina (-1,0% e -1,2%, respetivamente) enquanto os veículos 100% elétricos registaram o maior aumento (+65,4%) e ultrapassaram as 100.000 unidades em circulação.
O número de passageiros transportados por modo rodoviário aumentou 10,1% face a 2022, fixando-se em 547,7 milhões de passageiros, e o consumo de combustíveis e energia no setor rodoviário atingiu máximos históricos desde 2010, tendo aumentado 5,9%, para 5,9 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep).
Também o número de acidentes com vítimas voltou a crescer, embora a um ritmo menor, tendo sido registados 36.600 acidentes (+6,8%).
Relativamente à atividade portuária, observou-se uma diminuição de 3,4% no movimento de mercadorias nos portos marítimos, para 82,1 milhões de toneladas, após a subida de 2,3% registada em 2022.