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A Aliança Global contra a fome foi esta segunda-feira lançada na abertura da Cimeira do G20, com o Presidente brasileiro, Lula da Silva, a afirmar que os líderes devem lutar para “acabar com essa chaga [da fome] que envergonha a humanidade“.

Lula da Silva considera que o Brasil é um “retrato vivo de desigualdades históricas e persistentes” em todo o mundo, com um “povo diverso e vibrante de um lado e injustiças sociais profundas no outro”. O Presidente do Brasil lembra que esteve na primeira reunião de líderes do G20 na crise financeira de 2008 e diz que, 16 anos depois, constata, com tristeza, “que o mundo está pior“.

“Temos o maior número de conflitos armados desde a II Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados alguma vez registada. Os fenómenos climáticos extremos mostram o seu efeito devastador em todos os cantos do planeta. As desigualdades sociais, raciais e de género aprofundam-se, na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas”, afirma.

Primeiro-ministro intervém esta segunda-feira na cimeira do G20 no Rio de Janeiro

O líder brasileiro diz que está na hora de os líderes dos países com as maiores economias do mundo assumirem “responsabilidade nos assuntos da fome e da pobreza”. “Segundo a FAO, em 2024, convivemos com um contingente de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. É como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá somadas estivessem a passar fome”, acrescenta.

Lula diz que a fome é “a expressão biológica dos males sociais” e “produto de decisões políticas” que “perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade”. “O G20 representa 85% dos 110 triliões de dólares do PIB mundial. Compete aos que estão aqui e de volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com esta chaga que afeta a humanidade”, assegurou.

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