O Ministério Público acusou José Castelo Branco do crime de violência doméstica, por suspeitas de violência praticada contra Betty Grafstein. A acusação foi deduzida no início deste mês de novembro e, de acordo com a nota publicada esta segunda-feira no site do Ministério Público, existem suspeitas de que “desde o início do casamento, o arguido agredia física e verbalmente a vítima”.
“O arguido forçava a vítima a vestir roupa que escolhia, a ser maquilhada por si e a calçar sapatos que lhe provocavam dores”, acrescenta ainda o Ministério Público, referindo a acusação. As agressões, defendem os procuradores, “prolongaram-se no tempo até maio de 2024”, altura em que Betty Grafstein foi internada e foram tornados públicos os alegados casos de violência.
José Castelo Branco denunciado por violência doméstica contra a socialite Betty Grafstein
José Castelo Branco “atuou com o propósito concretizado de maltratar a vítima, de 95 anos, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e estando ciente da idade desta”, acrescentou o MP.
Horas depois da notícia, José Castelo Branco respondeu com uma publicação nas redes sociais — acompanhada de um vídeo onde se estava a discutir o caso no canal V+ — e escreveu apenas: “Eu irei sobreviver. Deus é minha testemunha. Abençoado. Amor.”
Em maio, o Ministério Público anunciou que estava a investigar José Castelo Branco, na sequência de uma denúncia por violência doméstica, numa altura em que Betty Grafstein estava internada no Hospital CUF Cascais. Grafstein terá relatado, segundo noticiou na altura o Expresso, a “vários profissionais de saúde” que foi empurrada pelo marido. Existia também menção ao “comportamento abusivo — físico e psicológico” por parte do marchand de arte. Uma vez que o crime de violência doméstica é público, terá sido o hospital a avançar com a queixa.
Em entrevista à CMTV, o advogado Alexandre Guerreiro, representante de Betty Grafstein, disse que, na sua primeira interação com a cliente, esta lhe disse: “Só espero que o senhor me consiga ajudar”. “Isto diz tudo sobre a gravidade daquilo que a senhora Betty Grafstein passou”, considera o advogado.
Para o advogado, esta decisão pode ser vista como uma “prenda antecipada” a Betty Grafstein, que festeja 96 anos esta quinta-feira, garantindo que ficou “mais descansada” tanto com a acusação como pelo facto de o tribunal não ter levantado as medidas de coação ao marido.
O advogado acredita que algumas agressões “mostram a maior perversidade” dos crimes cometidos por José Castelo Branco e referiu que o marchand de arte obrigava a mulher a injetar botox, mas que também lhe atirava laca para os olhos.
Betty Grafstein já foi ouvida para “memória futura”, pelo que o advogado considera improvável que volte a ser ouvida.