Cerca de 90% dos trabalhadores do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) aderiram à greve desta quarta-feira, avançou o dirigente sindical, Joaquim Ribeiro, na concentração junto ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa.
Mais de 60 funcionários do IGFSS reuniram-se numa concentração pacífica em frente ao Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, reivindicando “a integração de todos os trabalhadores do IGFSS, IP no Sistema de recompensa do desempenho”, a “igualdade de tratamento e o fim da injustiça”.
“Se todos os trabalhadores contribuem para a cobrança da dívida, todos deviam estar integrados no sistema de recompensa de desempenho”, referiu aos jornalistas o dirigente sindical, Joaquim Ribeiro.
O sistema de recompensa do desempenho foi criado em 2019 e abrange apenas os trabalhadores que exercem funções de cobrança de dívida no departamento de gestão da dívida, gerando “uma situação de desigualdade relativamente aos restantes trabalhadores do instituto”.
Perante palavras de ordem como “Governo escuta, os trabalhadores do IGF estão em luta”, “o sistema de recompensa tem de ser para todos” ou “chega de injustiça, prémios para todos”, o representante do sindicado salienta a falta de respostas por parte do Governo.
“Para este governo a situação dura deste a entrada em funções, para os trabalhadores dura há cinco anos, sete meses e um dia”, enfatizou Joaquim Ribeiro, garantindo que os trabalhadores continuarão a lutar pela valorização das carreiras e funções.
Perante a elevada adesão à greve, o dirigente sindical disse ainda que “o instituto da Segurança social não é abrangido pela lei dos serviços mínimos pelo que no limite a greve poderá levar a que as transferências financeiras para quem precisa de apoio social possam não acontecer no dia previsto”.
No final da concentração a resolução que contém as reivindicações foi entregue no ministério, depois de aprovada pelos trabalhadores em “unanimidade e acalmação”.