José Sócrates enviou uma carta ao presidente do Conselho Superior da Magistratura para saber qual é o “fundamento” e a “missão” da criação do grupo de trabalho para acompanhar a Operação Marquês.

Na missiva dirigida ao presidente do Conselho Superior de Magistratura, o antigo primeiro-ministro refere que foi informado sobre a criação do grupo através de uma notícia do Observador, publicada esta terça-feira.

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“Chegámos portanto a este ponto — o Conselho não informa os interessados, informa o Observador”, atira José Sócrates. O ex-primeiro-ministro acusa o Conselho de “já sem qualquer preocupação de disfarce” se colocar “publicamente ao serviço do jornal Observador”.

Sócrates acrescenta na carta que “na semana passada o jornal queixou-se dos juízes que estavam a ser lentos e imediatamente o Conselho toma medidas para satisfazer as reclamações do jornal”.

Assim, Sócrates pretende ser informado sobre “com que fundamento, com que objetivo e com que missão” foi criado o grupo. Contesta também a razão para não ter sido criado “idêntico grupo para acompanhar outros processos a decorrer com prazos igualmente escandalosos, como por exemplo o processo EDP, o processo das parcerias público-privadas, o processo que envolve o antigo presidente do Benfica e por aí fora”.

No fim, sublinha que espera uma resposta do presidente do Conselho Superior da Magistratura. “Este é o meu direito que, pelos vistos, foi esquecido — o de ser informado das deliberações do Conselho que me dizem respeito.”

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