Foi preciso esperar até aos 50 minutos do segundo jogo para ver uma verdadeira explosão de alegria. Esta quinta-feira, na segunda partida ao comando do Manchester United, Ruben Amorim não aguentou a alegria no momento em que Højlund marcou o golo da vitória contra o Bodø/Glimt e celebrou como raramente se vê. De punhos fechados, virado para a bancada e para a própria equipa técnica, gritou e deixou claro o que valia aquele momento.

Ruben e o dia em que se apaixonou por outro nórdico: United vence Bodø/Glimt e soma primeira vitória com o treinador português

O treinador português carimbou a primeira vitória em Inglaterra, derrotando os noruegueses na quinta jornada da Liga Europa e mantendo o Manchester United na zona de apuramento para o playoff de acesso aos oitavos de final da competição. Os red devils voltaram a marcar no primeiro minuto, tal como tinha acontecido contra o Ipswich, concederam a reviravolta mas empataram ainda na primeira parte, com Højlund a ser decisivo no segundo tempo.

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Depois do apito final, na zona de entrevistas rápidas da DAZN Portugal, Ruben Amorim falou sobre a “sensação diferente” de entrar em Old Trafford. “É incrível entrar no estádio, fazer aquele caminho, a primeira vez é sempre especial. Ganhar era muito importante, ter a primeira vitória para preparar o próximo jogo. E isso é o que nunca muda em clube nenhum, é importante ganhar o jogo para se poder ter mais qualidade de trabalho, mais paciência para preparar o próximo”, disse o treinador, que foi recebido com uma enorme tarja em português onde se lia “bem-vindo a casa, Ruben”.

“Acima de tudo, o mais positivo foi o resultado. Controlámos bem o jogo, sofremos em duas transições e nos dez minutos finais sofremos bastante. Tivemos bons momentos, controlámos muito melhor o jogo com bola, fomos mais agressivos, criámos mais oportunidade. Tivemos momentos com mais qualidade do que com o Ipswich. Precisamos de tempo, os jogadores precisam de assimilar as ideias. Fizemos uma rotação da equipa e vamos continuar neste caminho”, acrescentou.

Mais à frente, Ruben Amorim foi questionado sobre o efusivo festejo no segundo golo de Højlund, lembrando que “não é muito” deste tipo de celebrações”. “Senti que a equipa precisava e que a equipa merecia. Foi um momento muito importante do jogo, demos a volta ao resultado”, atirou, antes de explicar que os filhos não estavam em Old Trafford, porque “têm escola”, mas garantindo que toda a família estará presente no fim de semana, na receção ao Everton.

“Os miúdos têm escola, estão a acabar as provas e isso é mais importante do que um jogo de futebol. A família vai estar cá no fim de semana. Os amigos estão sempre a sofrer em casa, nunca me sinto sozinho. Portugal? Saudades vossas, de toda a gente, continuem a dar sorte”, terminou, deixando a ideia de que está “muito satisfeito” com os jogadores, portugueses ou não, já que são “todos seus filhos”.