O Chega colocou, esta sexta-feira, faixas na fachada do Parlamento para protestar contra o fim do corte de 5% nos salários dos políticos, medida que foi aprovada esta quinta-feira no debate de especialidade do Orçamento do Estado (OE2025).

Apesar de se tratar de fim de um corte de salários e não de um aumento, no X (antigo Twitter), o líder do Chega, André Ventura, diz que “não podia deixar passar” o momento e colocou várias faixas, nas quais se lê “OE2025 aumenta o salário dos políticos”: “Vergonha”.

Políticos deixam de ter corte de 5% nos salários a partir de janeiro

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Na mesma publicação, André Ventura escreveu que “num momento em que não há dinheiro para pensões ou baixar impostos, o partidos aumentaram o salário dos políticos neste orçamento”.

No mesmo sentido, Pedro dos Santos Frazão, vice-presidente do Chega e deputado, mostrou uma fotografia de um cartaz perto do Parlamento de protesto contra o fim do corte dos salários dos políticos.

No cartaz, vê-se o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, o ministro da Defesa e presidente do CDS-PP, Nuno Melo, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, com notas da mão, sinal do aumento salarial. “Este orçamento vai aumentar os salários dos políticos e mantém as subvenções milionárias aos partidos”, escreveu Pedro dos Santos Frazão no X.

A proposta do fim do corte dos salários dos políticos em 5% foi feita pelo PSD. Obteve o voto a favor do CDS-PP, PS e PAN, ao passo que Chega, IL, Bloco de Esquerda e Livre se opuseram. O PCP absteve-se.

Na manhã de quinta-feira, o Chega já tinha anunciado o seu sentido de voto, tendo André Ventura garantido que todos os deputados do partido vão prescindir desta reposição salarial.