A PSP deteve três pessoas e apreendeu roupa numa operação levada a cabo na manhã desta quinta-feira na Cova da Moura e no bairro do Zambujal, relacionada com a investigação dos desacatos que surgiram em Lisboa após a morte de Odair Moniz. Tinham sido emitidos 12 mandados de busca e apreensão domiciliária no âmbito desta operação que recebeu o nome de “Operação Cacais”.

Num balanço da operação, o subintendente Bruno Pereira, do Comando da Divisão Policial da Amadora, disse à Lusa que, além deste três detidos, a PSP espera vir a deter mais pessoas pois recolheu elementos de prova “determinantes”.

Foram recolhidos elementos de prova determinantes para que eventualmente outros possam vir a der detidos fora de flagrante delito”, afirmou.

A PSP apreendeu ainda duas pistolas e um revólver, diversas munições e roupas que os autores dos tumultos vestiam aquando dos incidentes, em outubro, na Área Metropolitana de Lisboa, elementos que o responsável considerou “vitais para assegurar a devida responsabilização de quem cometeu estes crimes”. Foi também apreendido material que as autoridades terão de confirmar se se trata, ou não, de droga.

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Bruno Pereira disse, ainda, que quatro dos oito suspeitos estão ligados diretamente a alguns dos tumultos, motins e aos danos cometidos ao longo das últimas semanas de outubro.

Anteriormente, a PSP tinha informado que o “Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial da Amadora, se encontra[va a cumprir] 12 mandados de busca e apreensão domiciliária, a serem realizados no Bairro Alto da Cova da Moura e no Bairro do Zambujal, ambos localizados no concelho da Amadora”, pode ler-se no comunicado.

Estes mandados de busca visam guarnecer de prova diversos inquéritos criminais que investigam crimes relacionados com o arremesso de objetos (incluindo incendiários), fogo posto/incêndio, danos, motim, tráfico de droga, ameaça e coação, posse de arma de fogo e dano em viatura policial”, indica o comunicado de imprensa da PSP.

A PSP acrescentava que “destes 12 mandados que se encontram a ser cumpridos, seis foram emitidos no âmbito de inquéritos criminais em investigação e diretamente relacionados com os incidentes ocorridos na área metropolitana de Lisboa no final do passado mês de outubro”. Estiveram envolvidos nesta operação policial cerca de 100 polícias, de diversas valências e divisões policiais do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

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A PSP deu a esta operação (CACAIS) o sobrenome do motorista do autocarro que ficou gravemente ferido nos tumultos ocorridos em Santo António dos Cavaleiros (Loures), quando o veículo em que seguia foi incendiado. “De forma simbólica, dedicamos-lhe esta operação e desejamos-lhe as melhoras”, afirmou o responsável das PSP.