A imigração em 2024 levou o crescimento da população dos EUA à taxa mais elevada em 23 anos, numa altura em que o país ultrapassou os 340 milhões de residentes, informou o US Census Bureau nesta sexta-feira.

A taxa de crescimento de 1% este ano foi a mais alta desde 2001 e representa um contraste face ao recorde mínimo de 0.2% registado em 2021, no auge das restrições pandémicas às viagens para os Estados Unidos, segundo as estimativas anuais da população.

Este ano, a imigração aumentou em quase 2,8 milhões de pessoas, em parte devido a um novo método de contagem que adiciona migrantes admitidos por razões humanitárias.

Os nascimentos superaram as mortes nos Estados Unidos em quase 519 mil entre 2023 e 2024, uma melhoria em relação ao mínimo histórico de 146 mil em 2021, mas ainda bem abaixo dos máximos das décadas anteriores.

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A imigração teve um impacto significativo não apenas a nível nacional, mas também para alguns estados, contribuindo para o crescimento em 16 estados que, de outra forma, teriam perdido população de residentes que se mudaram para fora do estado ou de mortes que ultrapassaram os nascimentos, referiu o demógrafo William Frey.

“Embora parte do aumento possa ser atribuído à travessia de fronteiras de asilados e migrantes humanitários num ano incomum, esses números também mostram como a imigração pode ser um importante contributo para ganhos populacionais numa grande faixa da nação que, de outra forma, estaria a experimentar um crescimento lento ou declínios“, disse Frey.

Como tem acontecido ao longo da década de 2020, o Sul foi a região de crescimento mais rápido nos Estados Unidos em 2024.

As estimativas da população fornecem as contagens oficiais da população, todos os anos, entre os censos efetuados uma vez por década nos Estados Unidos, nos 50 estados, nos condados e nas áreas metropolitanas.

Os números são utilizados para distribuir milhões de dólares em fundos federais.