O papa Francisco assinalou esta terça-feira o início do ‘Jubileu’ da Igreja Católica, que deverá atrair cerca de 32 milhões de peregrinos à cidade do Vaticano e a Roma, com a abertura das denominadas portas santas, na Basílica de São Pedro.
O líder católico chegou ao átrio da basílica e, depois de uma breve celebração, aproximou-se; ainda sentado na cadeira de rodas, bateu três vezes e a porta abriu-se, tendo ele passado em total silêncio.
Cerca de 30.000 pessoas reuniram-se na Praça de São Pedro e seis mil no interior da basílica para acompanhar este ato formal que assinala o início do Jubileu.
“No Natal do Senhor, luz da luz, esperança inextinguível, preparamo-nos para entrar com fé pela Porta Santa. Os passos do nosso caminho são os passos de toda a Igreja, peregrina no mundo e testemunha da paz”, disse o Papa antes de passar a porta, acompanhado por uma procissão, com representantes dos cinco continentes.
Este é o primeiro jubileu ordinário do papa Francisco, cumprindo a tradição de, a cada 25 anos, celebrar um “Ano Santo” dedicado a “consolidar a fé e a solidariedade”, durante o qual a Igreja concede indulgências ou o perdão dos pecados.
As outras portas das principais basílicas de Roma (São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora de Muros) serão abertas, de modo solene, nos próximos dias, sem a presença do Papa, já visivelmente debilitado.
Francisco dedicou o Jubileu de 2025 ao tema da esperança e irá sublinhar essa mensagem quando abrir a Porta Santa na quinta-feira na prisão de Rebibbia, em Roma, numa tentativa de dar aos reclusos a esperança de um futuro melhor.
A segurança à volta do Vaticano atingiu os níveis mais elevados após o ataque ao mercado de Natal na semana passada na Alemanha, informou o Ministério do Interior italiano.
As autoridades recorreram a patrulhas policiais suplementares e à vigilância por câmaras nos arredores de Roma, enquanto os peregrinos enfrentavam detetores de metais e outros controlos de segurança para aceder à Praça de São Pedro através de uma passagem reforçada com barricadas policiais.
Alguns dos monumentos mais apreciados de Roma foram reabertos recentemente, incluindo a Fonte de Trevi e o principal projeto do Jubileu foi inaugurado na segunda-feira: Uma praça pedonal que liga o Castelo de Santo Angelo à Rua da Conciliação, a principal avenida que conduz à Praça de S. Pedro.
O último jubileu regular foi em 2000, quando São João Paulo II inaugurou o terceiro milénio da Igreja.
Um dos pontos altos do jubileu deste ano será a canonização do adolescente Carlo Acutis, considerado o primeiro santo do milénio e da era digital, durante o Jubileu dedicado aos adolescentes, em abril.