Catorze elementos das forças de segurança na Síria foram mortos numa “emboscada” das forças leais ao presidente deposto Bashar al-Assad, avançaram esta quinta-feira a autoridades sírias, lideradas pelos rebeldes, reporta o jornal The Telegraph. Os confrontos tiveram lugar numa zona rural próxima da cidade costeira de Tartus, um dos últimos bastiões das forças leais a Assad.

Os agentes trabalhavam para o Ministério do Interior do novo Governo sírio e foram mortos na zona rural de Tartus, no oeste do país. No Telegram, o ministro do Interior da Síria disse também que dez membros da polícia ficaram feridos pelo que chamou de “remanescentes” do governo de Assad em Tartus. O ministro prometeu reprimir “qualquer um que se atreva a minar a segurança da Síria ou colocar em risco a vida dos seus cidadãos”.

Segundo as autoridades, aquando dos confrontos, a polícia estava a tentar prender um antigo funcionário de Assad, acusado de práticas de tortura na prisão de Saydnaya, perto de Damasco. As forças de segurança da Síria lançaram uma operação na quinta-feira em resposta ao ataque, informou a agência noticiosa estatal Sana.

A operação já conseguiu “neutralizar um certo número” de homens armados leais ao presidente deposto Bashar al-Assad, de acordo com a agência. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) registou várias detenções relacionadas com os confrontos de quarta-feira e elevou um anterior balanço de nove mortos no incidente, apontando agora para 17 vítimas mortais: 14 entre as forças de segurança e três entre homens armados.

Os confrontos representam a primeira retaliação contra a nova administração que chegou ao poder há duas semanas, depois de os grupos rebeldes terem tomado a capital síria e várias outras cidades, levando à fuga do presidente Bashar al-Assad para Moscovo.

Esta quinta-feira, as novas autoridades sírias, lideradas por Mohamed al-Bashir como primeiro-ministro interino, impuseram um recolher obrigatório durante a noite na cidade de Homs. Segundo a imprensa estatal, a medida foi tomada na sequência de um vídeo que mostrava um ataque a um santuário alauita.

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