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Depressão Floriane provoca 276 ocorrências. "Vento extremo" em Peniche danifica 21 casas

Maioria das ocorrências esteve relacionada com inundações e quedas de árvores e de estruturas. Foi dado um alerta de fenómeno de vento extremo no Bairro Luís de Camões, em Peniche.

Água da chuva escorre por uma janela, em Lisboa, 15 de outubro de 2024. Mau tempo. Clima. Alterações climáticas. Chuva. Intempéries. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
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Inundações são a maior parte das ocorrências

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Inundações são a maior parte das ocorrências

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A Proteção Civil registou, entre a meia-noite de domingo até às 7 da manhã desta segunda-feira, 276 ocorrências associadas ao mau tempo em Portugal continental, avançou à Rádio Observador fonte da entidade. A maioria está relacionada com inundações (93), assim como quedas de árvores (65) e de estruturas (58).

As ocorrências envolveram 1.001 operacionais e 367 meios terrestres. A zona de Lisboa e Vale do Tejo foi particularmente afetada (105 ocorrências), seguida das regiões Norte (84) e Centro (65). No entanto, o comandante Alberto Fernandes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), avança à Rádio Observador que a ocorrência mais grave aconteceu em Peniche, no domingo, e envolveu 21 habitações, nas quais foram registados danos no telhado. Também se registaram quedas de árvores e sinalização caída para a via pública, sem vítimas a registar. O fenómeno foi dado às 15h45 para um fenómeno de vento extremo no Bairro Luís de Camões, em Peniche.

José António Rodrigues, comandante dos bombeiros locais, disse à agência Lusa que o fenómeno surgiu no mar, a um quilómetro e meio da cidade de Peniche, e “levou telhas por onde passou” ao atingir terra.

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Os bombeiros de Peniche, com 37 operacionais e 11 veículos, dois elementos da Proteção Civil Municipal, quatro funcionários do Município de Peniche e dois agentes da PSP foram mobilizados para repor os danos da ocorrência, avançou a mesma fonte.

O comandante Alberto Fernandes, da Proteção Civil, sugere cuidado na circulação junto à costa e que se adote uma condução defensiva.

Aviso amarelo mantém-se devido à agitação marítima

Entretanto, o território português continua sob aviso amarelo para a agitação marítima em 12 distritos e para a neve na Serra da Estrela. No entanto, a chuva intensa vai acalmar, pelo menos até terça-feira, indicou o meteorologista Pedro Sousa, em declarações à Rádio Observador.

“Existe uma melhoria significativa do tempo em relação ao dia de ontem [domingo]. Hoje [segunda-feira], será um dia de aguaceiros, em especial no Norte e Centro que deverão diminuir de intensidade e frequência ao longo dia”, afirmou. Em termos de precipitação não há avisos em vigor, e até terça-feira não se espera precipitação significativa. Já na quarta-feira deverá haver novo agravamento.

Esta segunda-feira espera-se neve nas terras altas de Norte e Centro, mais significativa na Serra da Estrela, com avisos amarelos para os distritos de Castelo Branco e da Guarda.

Em relação à agitação marítima, preveem-se ondas de quatro a cino metros de noroeste já durante esta segunda-feira, prolongando-se até ao final da tarde.

Em relação a cuidados extra, Pedro Sousa diz que se trata de uma “situação normal de inverno” que requer os cuidados habituais, incluindo um afastamento da zona costeira.

A forte agitação marítima que já se sente no grupo ocidental dos Açores vai piorar e, na terça-feira, prevê-se que possam existir ondas de oeste com sete a oito metros de altura, segundo informações do IPMA, que decidiu emitir um aviso laranja para as ilhas das Flores e Corvo.

O site do IPMA revela, por outro lado, que as fortes chuvas que assolaram o país durante este fim-de-semana deverão terminar até à meia-noite de domingo, hora de término de todos os alertas amarelos no continente que diziam respeito à precipitação.

A forte agitação marítima vai manter-se até ao final da tarde de segunda-feira um pouco por toda a costa, como é o caso de Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Viana do Castelo, Leiria ou Lisboa, com ondas de sudoeste a rondar os quatro a cinco metros, passando gradualmente a ondas de noroeste na segunda-feira. Os ventos fortes também vão atingir muitas regiões do país, com rajadas até aos 80km/h no litoral, como será o caso do distrito do Porto.

Já a sul, em Faro, o alerta amarelo avisa para os perigos da agitação marítima, prevendo-se ondas de sudoeste com quatro metros.

Mas, até à meia-noite deste domingo, muitas regiões, como Viseu, Porto, Vila Real, Viana do Castelo ou Braga, irão continuar a sentir as chuvas, com possibilidade de ocorrência de trovoada e queda de granizo.

Mau tempo está ligado à passagem da depressão Floriane

O mau tempo registado este domingo em Portugal continental e no arquipélago da Madeira, inclusive com chuva e ventos fortes, deve-se à passagem de uma depressão, denominada Floriane, que se fará sentir até segunda-feira, avisou o IPMA.

“Nas próximas horas, o continente estará sob a influência de uma massa de ar pós-frontal, ainda instável, associada à circulação da depressão Floriane, prevendo-se aguaceiros por vezes fortes, que poderão ser ocasionalmente de granizo e acompanhados de trovoada”, referiu o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), numa informação divulgada pelas 16h00 de domingo.

A partir da manhã de segunda-feira, os aguaceiros em Portugal continental deverão ser “gradualmente menos frequentes e intensos”, segundo a previsão meteorológica.

A Floriane, nome atribuído pelo MeteoFrance (serviço meteorológico de França), deslocou-se ao longo do Atlântico em direção a leste e esteve centrado a sudoeste das ilhas britânicas.

O instituto português indicou que a depressão irá “impactar significativamente” a costa norte de Espanha e a região do Golfo da Biscaia, com vento e agitação marítima fortes.

Em Portugal continental e no arquipélago da Madeira, durante a noite e manhã deste domingo, “sentiram-se os efeitos da superfície frontal fria associada à referida depressão, com precipitação e rajadas de vento por vezes fortes”.

Além do aviso quanto à previsão de aguaceiros por vezes fortes no território continental português no final do dia de domingo, o IPMA indicou que o vento irá soprar por vezes forte, esperando-se rajadas da ordem dos 70 a 80 quilómetros por hora (km/h) no Minho, no Douro Litoral e nas terras altas.

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