O ciclo de três conferências sobre o navegador Vasco da Gama, no âmbito das comemorações do V Centenário da sua morte, tem início esta segunda-feira, na Sociedade de Geografia de Lisboa, com o historiador José Manuel Garcia.
“Vasco da Gama e o início de uma nova época da História da Humanidade” é o tema da conferência do historiador, que tem início às 18h00.
Na apresentação do programa comemorativo, em novembro passado, José Manuel Garcia, que faz parte da organização, realçou a “figura imortal” que é Vasco da Gama (1468-1524) na História Universal, ao ter dado início à relação regular entre o Ocidente e o Oriente. Para o historiador, Vasco da Gama é “uma figura universal e decisiva e tudo o que se faça por ele é pouco“.
Vasco da Gama foi o primeiro europeu a alcançar a Índia por via marítima, em 1498, inaugurando uma nova rota, que contornava o extremo sul de África, abrindo caminho a novas trocas comerciais.
O feito do navegador foi premiado pelo rei Manuel I, que lhe outorgou o tratamento por “Dom” e o cargo de almirante das Índias, e uma pensão de 300.000 reais. Mais tarde, o navegador recebeu o título de conde da Vidigueira.
Vasco da Gama voltou duas outras vezes à Índia, em 1502 para ajudar militarmente Álvares Cabral numa contenda com comerciantes muçulmanos e, em 1524, como vice-rei para reorganizar a administração portuguesa no território. Morreu nesse ano, na noite de Natal. Foi sepultado em Cochim e, posteriormente, o seu corpo trasladado para Lisboa, encontrando-se os seus restos mortais na igreja do Mosteiro dos Jerónimos.
À conferência desta segunda-feira seguem-se duas outras, para as quais se aguardam nomes dos intervenientes: uma no dia 15 de fevereiro, no Centro de Artes de Sines, terra natal de Vasco da Gama; outra, encerrando o ciclo no dia 15 de março, na Biblioteca Doutor Palma Caetano, na Vidigueira.
As comemorações dos 500 anos da morte do navegador iniciaram-se no passado dia 16 de dezembro, no Mosteiro dos Jerónimos.
O programa comemorativo é uma iniciativa do Ministério da Cultura e tem como objetivo “garantir que figuras históricas desta importância e ciclos evocativos como estes 500 anos façam parte da oferta cultural que o Ministério da Cultura tem de garantir”, afirmou, em novembro último, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.