Os trabalhadores da fábrica da Tupperware em Montalvo, concelho de Constância, foram convocados para uma reunião com o diretor da empresa e os advogados, que esteve marcada para terça-feira mas foi adiada para quinta-feira. A informação foi transmitida ao Observador por vários trabalhadores da empresa que assumem não saber ainda qual futuro da fábrica.
Esta quarta-feira, explicou um trabalhador ao Observador, que não quis ser identificado, chega ao fim a licença de produção da fábrica. Mas isso não significa já o fecho da empresa. Na quinta-feira, os trabalhadores também foram chamados à fábrica, “mas não sabemos o que iremos fazer, só de manhã saberemos”, conta um funcionário.
Os trabalhadores foram convocados para uma reunião na quinta-feira, pelas 14h30, com a direção e os advogados da empresa. E vários trabalhadores com que o Observador falou, à porta das instalações da fábrica, assumiram que querem saber nesse encontro que tipo de compensação vão receber em caso de saída.
A informação de que a Tupperware iria fechar a 8 de janeiro foi transmitida pela Câmara Municipal de Constância, através de uma mensagem do seu presidente, Sérgio Oliveira, no Facebook, em dezembro.
“A Câmara Municipal de Constância tomou conhecimento que no dia de ontem [19 de dezembro] foi comunicado aos trabalhadores da empresa que a mesma encerrará a 8 de janeiro de 2025”, escrevia o presidente da autarquia, Sérgio Oliveira, na rede social. O autarca não prestou mais esclarecimentos ao Observador.
Da empresa não tem havido quaisquer declarações sobre o futuro desde que avançou o processo de insolvência nos Estados Unidos da América. Nesse processo houve já uma transação da marca e de algumas operações, mas nem aí se indica se Portugal está incluído. Em novembro a empresa em Portugal nomeou dois novos gerentes (João Oliveira e Sousa e João Ribeiro Pinguinhas).