O ministro dos Assuntos Parlamentares assumiu, esta quarta-feira, a vontade de terminar com alguma discriminação que existe nas remunerações no desporto, embora admita que seja difícil uma equidade total entre homens e mulheres.

Durante uma audição na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Pedro Duarte disse que “é inaceitável que haja discriminação”, embora lembre que “há muita da remuneração de atletas, treinadores e associados que é feita, por exemplo, em função daquilo que é receita gerada por uma determinada prova, uma determinada competição, uma determinada modalidade em geral”.

“Nesse sentido nós não podemos esperar que os valores absolutos de remuneração sejam idênticos. Agora já não é aceitável que, por exemplo, numa determinada modalidade, os prémios associados a uma prova masculina, seja de, vou dar um número absurdo, 20% para os atletas, mas na prova feminina já é de 15%”, afirmou.

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O ministro considera que “isso é inaceitável” e lamentou que “a força negocial, às vezes, do lado masculino é diferente do lado feminino”.

“É isso que eu acho que nós temos de intervir e não podemos aceitar que isso se verifique”, referiu.

Pedro Duarte assumiu que quer melhorar as boas práticas que já vinham do governo anterior, admitindo que há “um caminho grande pela frente” para chegar à igualdade de género no desporto.

O dirigente lembrou o projeto de apoio ao desporto recentemente lançado pelo Governo, em que “há um programa específico para apoio aos clubes para projetos de desporto no feminino”, que considera “um avanço gigantesco”.