Lauren Bacall vivia em Nova Iorque num dos seus edifícios mais emblemáticos – e mais procurados por artistas e gente ligada ao mundo do espectáculo. Tratava-se do edifício Dakota, um bloco de apartamentos construído no final do século XIX fronteiro ao Central Park.

Projectado num estilo semelhante ao do conhecido Hotel Plaza – ambos os edifícios foram desenhados pela  Singer Sewing Machine Company – o Dakota deve o seu nome ao facto de, na altura em que foi construído, ficar muito longe do centro da cidade – tão longe como os territórios Dakota, no “far west”. Actualmente é um edifício classificado e um National Historic Landmark.

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Era neste edifício que morava John Lennon e foi à sua porta que foi assassinado, em 1980. Judy Garland também lá morou, assim como o compositor Leonard Bernstein.

O Estado português também foi proprietário de um apartamento neste edifício, mandado comprar ainda no tempo de Salazar para servir de residência oficial do embaixador português junto das Nações Unidas. Não era um dos apartamentos de maiores dimensões (tinha oito assoalhados quando no Dakota há casas com 22 divisões), pelo que, no final da década de 1970, o Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiu comprar uma residência que também permitisse acolher a família dos embaixadores portugueses.

O apartamento do Dakota passou para o cônsul-geral em Nova Iorque, um lugar que foi extinto no tempo do governo de José Sócrates. O apartamento foi então posto à venda, um processo que foi demorado porque qualquer novo locatário tem de ser aprovado pelos restantes residentes. Mesmo assim a venda acabou por fazer-se, em 2012, por um valor próximo de 10 milhões de euros.

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