A Capitania do Porto de Lisboa suspendeu esta quinta-feira a busca pelo corpo da criança de 4 anos levada pela mãe para o rio Tejo, em Caxias, Oeiras. “Era minha intenção desativar o posto de comando e controlo da autoridade marítima no local e centralizar as operações na Capitania do Porto de Lisboa, mas decidi não abandonar este local sem uma última tentativa de verificar se o corpo da criança estava preso nas rochas”, admitiu o comandante Malaquias Domingues, em declarações às televisões.

O comandante admitiu a dificuldade em encontrar o corpo.

A probabilidade, à medida que as horas passam, é cada vez menor. No entanto, por se tratar de uma criança, e por respeito a uma vida humana e no sentido do serviço público que todos os que aqui trabalham cultivam, decidi fazer este esforço de mais um ou dois dias com meios especificamente empenhados nesta missão”.

O comandante Malaquias Domingues acredita que o corpo poderá ter sido arrastado para mais longe do Tejo. “[A maré baixa] faz-me crer que o corpo poderá ter entrado na corrente principal do rio e ter, com a influência das correntes, das marés, ter-se afastado deste local e eventualmente até ter saído da barra do porto do rio Tejo e estar no oceano”, afirmou.

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O comandante avançou que vai mudar a estratégia da operação a partir desta sexta-feira. “Temos já previsto o emprego durante o dia de duas embarcações, mas haverá uma redução substancial dos efetivos e recursos humanos aqui colocados e passarei para o regime de patrulhamento em terra não permanente”.

O comandante Malaquias Domingues, no entanto, não determina quando as buscas serão suspensas em definitivo. “Irei decidir isto amanhã ao fim do dia”, afirmou.

O corpo da outra criança, de 19 meses, foi encontrado numa zona de rebentação em Caxias, menos de uma hora depois de ter caído à água junto com a mãe, que terá sido a única a sobreviver. As buscas foram alargadas à margem sul por causa das correntes do Tejo que podem ter arrastado o corpo.