Todos os meses a GNR regista uma média de 45 crimes contra animais de companhia. Os dados foram avançados esta quinta-feira pelo Comando Geral da GNR e dão conta que no último ano e meio – desde a entrada em vigor da lei que criminaliza os maus-tratos – foram registados 727 crimes contra animais de companhia e 7.734 contraordenações.

Entre os crimes de maus tratos a animais de companhia, segundo o major Ricardo Alves ao Observador, registaram-se 512 casos de maus tratos a animais e 215 de abandono. Foi no distrito de Setúbal que se registaram mais crimes e no de Lisboa onde se registaram mais contraordenações.

As autoridades têm deparado com algumas dificuldades para identificar os proprietários dos animais e constituí-los arguidos. “75 a 80% dos casos chega-nos através de denúncias feitas através do SOS Ambiente [número azul 808 200 520] ou nos postos territoriais”, explica o comandante do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR, o major Ricardo Alves. Depois “há todo um trabalho de fiscalização em terrenos abandonados, moradias, onde também são detetados casos de incumprimento”. O problema é que, muitas vezes, os militares chegam ao local e não conseguem localizar os donos dos animais.

Ainda assim, os animais são sempre salvos. Em casos de crime recorre-se ao veterinário municipal para confirmar os maus tratos e recolher provas. O animal é depois entregue a um canil (municipal ou privado).

A GNR registou também 7.734 contraordenações, grande parte por falta de chip de identificação, vacinação ou condições sanitárias.

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