Os ministros da Economia e Finanças da zona Euro fizeram esta quinta-feira um minuto de silêncio em memória da deputada trabalhista britânica pró-europeia Jo Cox, falecida horas após ter sido baleada numa ação de campanha no norte de Inglaterra.
O Eurogrupo, que está reunido no Luxemburgo, interrompeu um debate em que os ministros estavam a abordar o futuro da União Europeia (UE) quando tomou conhecimento da morte da deputada defensora da permanência do Reino Unido no clube comunitário e fez um minuto de silêncio, indicaram fontes diplomáticas.
Numa mensagem publicada no Twitter, Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, disse estar “emocionado com a trágica morte da deputada britânica pró-UE Jo Cox”. Já Alexander Stubb, ministro finlandês com a mesma pasta, referiu estar “triste e horrorizado com a notícia de que Jo Cox morreu”. “Simplesmente sinto que é tão injusto e errado… Os meus pensamentos e orações estão com a família.”
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que se encontra de visita à Rússia, declarou estar comovido após o ataque e expressou o seu apoio à família da vítima. “Estou profundamente comovido com as notícias do terrível ataque contra a deputada Jo Cox. Os meus pensamentos e orações vão para o seu marido e os seus filhos”, disse Juncker igualmente no Twitter.
Também o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, expressou “profunda tristeza” pelo assassínio de Jo Cox, declarando, no Twitter. “Através dela, o nosso ideal democrático foi atingido”, escreveu. Os presidentes da Assembleia Nacional francesa, do Bundestag alemão e da Dieta polaca, bem como deputados das três câmaras baixas do “triângulo de Weimar”, reunidos em Paris, fizeram também um minuto de silêncio em homenagem à deputada britânica.
A deputada pró-UE Jo Cox morreu esta sexta-feira em consequência dos ferimentos sofridos num atentado em plena rua na localidade de Birstall, no norte de Inglaterra, e, que foi baleada três vezes e esfaqueada por um homem de 52 anos, que já foi detido. Segundo testemunhas, o atacante gritou “Britain First!”, numa alusão a um grupo de extrema-direita com esse nome que é contra a imigração.
A sua morte levou à suspensão no Reino Unido de todas as ações de campanha para o referendo sobre a permanência ou saída do país da UE, que se realiza a 23 de junho.