O Bloco de Esquerda apresentou esta quarta-feira um requerimento no Parlamento questionando o governador do Banco de Portugal sobre a manutenção da ligação de Vítor Bento ao banco central enquanto presidente do Banco Espírito Santo (BES), que o partido considera uma “ilegalidade”.

“Quando aceitou, em julho, o lugar de presidente do conselho de administração do então BES, foi dito que a sua ligação ao Banco de Portugal (BdP) estava terminada. Ficámos hoje a saber que isso não aconteceu”, disse o coordenador do BE, João Semedo, nos Passos Perdidos do parlamento, referindo-se a uma notícia do Diário de Notícias de hoje.

O deputado bloquista afirmou tratar-se de “uma situação que não permite duas leituras”, numa “flagrante ilegalidade que Carlos Costa não pode deixar de explicar, com urgência e com transparência”.

“A ser assim, configura uma situação ilegal porque a lei orgânica do BdP, no seu artigo 61.º, diz taxativamente: ‘é vedado aos membros do conselho de administração e aos demais trabalhadores fazer parte dos corpos sociais de outra instituição de crédito, sociedade financeira ou qualquer outra entidade sujeita à supervisão do Banco ou nestas exercer quaisquer funções'”, continuou, adiantando haver “lugar a uma reparação da situação que, inevitavelmente, tem de ser feita”.

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