Um dos argelinos que fugiu do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no mês passado, conseguiu fazê-lo depois de ter sido autorizado por um funcionário do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a sair da zona de trânsito para ir fumar. A direção do SEF diz que está em curso um inquérito a este caso.

As informações são avançadas na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias e refere-se à fuga de um cidadão argelino, que vinha num voo do seu país, e que a 27 de setembro, durante uma escala para Cabo Verde, entrou de forma ilegal em Portugal, sem ter sido ainda encontrado. O jornal cita o relatório do comandante da Direção de Segurança Aeroportuária da PSP, Dário Prates, onde é contado que o argelino conseguiu sair do aeroporto quando passou pela Box do SEF, “sem que fosse detetado, vindo a efetuar o percurso normal, passando pelo controlo da AT e posteriormente para a via pública”.

“Cumpre-me informar que desapareceu da área internacional (…) o cidadão argelino Mohamed A.I. que havia sido autorizado pelo SEF a deslocar-se ao piso 6 para fumar. Diligências efetuadas, foi possível apurar que este cidadão entrou em território nacional passando pela fronteira (Box do SEF), sem que fosse detetado, vindo a efetuar o percurso normal, passando pelo controlo da AT e posteriormente para a via pública”, lê-se na informação oficial divulgada pelo DN.

Este caso ocorreu pouco tempo depois de quatro argelinos terem invadido a pista do aeroporto de Lisboa, tendo sido apanhados pela polícia. Mas houve mais falhas de segurança nos últimos meses que foram analisadas num grupo de trabalho, que juntou PSP, SEF, PJ e SIS, criado pela ministra da Administração Interna. E Constança Urbano de Sousa propôs várias medidas para reforçar a segurança de modo a evitar este tipo de fugas.

A ministra foi ouvida anteontem no Parlamento, a pedido do PSD, à porta fechada. Carlos Abreu Amorim disse ao DN que saiu da audição ” nem muito esclarecido nem demasiado tranquilo.”

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