Três ofertas públicas de aquisição (OPA), uma oferta privada e uma proposta de nacionalização, são as contas que fazem da ex-Espírito Santo Saúde a empresa mais disputada em Portugal. A história da mudança acionista da agora Luz Saúde foi contada no Estoril pela presidente da empresa, Isabel Vaz, num debate realizado durante a assembleia geral da Aese Business School, realizada nesta sexta-feira, num painel onde as empresas revelaram os segredos do seu sucesso.

Nada é mais revelador da história de sucesso de ES Saúde do que a guerra de ofertas que culminou na venda da empresa, esta semana, à seguradora Fidelidade, controlada pelos chineses da Fosun. “Nunca Portugal tinha assistido a uma disputa tão grande”, sublinhou Isabel Vaz que não esqueceu a proposta de nacionalização feita pelo partido comunista. Tanto interesse é motivo de orgulho para a presidente da empresa. A ES Saude foi vendida a um preço superior em 50% ao valor da estreia em bolsa, em Fevereiro, apesar do colapso do Grupo Espírito Santo.

Depois de confessar que ainda não tinha a certeza como se deveria pronunciar o nome Fosun, grupo chinês que detém a Fidelidade, Isabel Vaz sublinhou que a empresa começa agora um novo ciclo, mas o novo acionista não esqueceu o patrimônio de uma das melhores marcas de saúde em Portugal, a propósito da escolha da marca do hospital da Luz para novo nome da empresa.

A gestora, que se manterá à frente da empresa, assinalou ainda o crescimento do Hospital da Luz que este ano vai faturar 140 milhões de euros, confirmando que é um “colosso da saúde privada”. Pelo caminho deixou um recado ao maior concorrente, a José de Mello Saúde que foi um dos interessados em comprar a ES Saude, andar sempre taco a taco com o Grupo Mello é bom para a competitividade dos dois grupos.

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