As Obrigações do Tesouro (OT) são muito importantes para o financiamento da República Portuguesa. O valor emitido através destes títulos é atualmente cerca de seis vezes mais do que o aplicado em Certificados de Aforro e em Certificados do Tesouro Poupança Mais, mostram as últimas estatísticas da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública. No entanto, os aforradores particulares devem evitar as OT.

Para começar, é preciso um intermediário financeiro e alguns conhecimentos para investir nas OT. Embora quase todas estejam listadas na bolsa de Lisboa, a maioria dos negócios sobre obrigações é realizada fora do mercado, diretamente entre intermediários.

Além disso, hoje, o rendimento que as OT garantem até ao vencimento é muito baixo. Os títulos que se vencem dentro de dois anos, em outubro de 2016, por exemplo, cotam acima do valor nominal. O Banco Big calcula que a rentabilidade anual até à maturidade é de 0,9% nesta quinta-feira, muito longe das taxas dos Certificados de Aforro.

É preciso investir nas OT de maturidades mais longas para conseguir rendimentos potenciais mais altos, mas, mesmo assim, pouco interessantes. A OT que se vence em abril de 2037, a mais popular entre os clientes do Banco Best, oferece uma rentabilidade anual até à maturidade de 4,3%, segundo o banco. Depois de descontar as comissões e os impostos, é provável que o rendimento anual caia para 3% ou menos.

Para conseguir 3% por ano com a garantia do Estado português, basta investir durante cinco anos nos Certificados do Tesouro Poupança Mais: é esta a rentabilidade anual líquida que estes produtos oferecem no mínimo neste prazo.

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