Os CTT confirmaram que “estão a acompanhar o processo de venda da PT Portugal por forma a analisar todas as oportunidades que façam sentido no desenvolvimento das suas áreas de negócio”. No entanto, quanto a uma eventual proposta de compra da PT Portugal, noticiada pela revista Veja, a empresa assegura que não tomou qualquer decisão quanto a tais oportunidades.

De acordo com a Veja, a Oi, empresa brasileira que controla a PT Portugal, tinha sido informada de que os CTT estavam a preparar uma proposta para a PT Portugal, que se juntaria às duas ofertas já existentes, da Altice e dos fundos de investimento Apax e Bain.

No comunicado enviado hoje ao mercado, a empresa liderada por Francisco Lacerda, manifesta-se disponível para avaliar oportunidades que façam sentido, desde que sejam criadoras de valor para os acionistas e assumam “uma dimensão compatível”.

Ora os CTT não têm dimensão nem músculo financeiro para entrar sozinhos na corrida pela PT Portugal, empresa que recebeu duas ofertas na casa dos sete mil milhões de euros. Este montante representa cerca de sete vezes a capitalização bolsista da empresa de correios. Não obstante, a empresa liderada por Francisco Lacerda não se coloca de fora da corrida.

Os CTT poderão eventualmente fazer parte de uma solução alternativa para a PT Portugal, que evite a venda a um fundo estrangeiro e permita manter o grupo Portugal Telecom unido. Há quem veja nestas notícias, uma forma de pressionar o envolvimento dos correios no dossiê PT. Apesar de todos os acionistas dos correios serem internacionais, ainda não se pode dizer que exista um controlo de acionistas internacionais, dada a elevada dispersão de capital e o perfil financeiro dos investidores.

As duas empresas têm em conjunto parcerias de negócio e os CTT têm vindo a discutir com parceiros na área das telecomunicações, incluindo a PT, para explorar possibilidades de negócio em comum.

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