O Hospital Amato Lusitano (HAL), de Castelo Branco, registou mais um caso de infeção por Legionella, subindo assim para quatro o número de pessoas internadas naquela unidade hospitalar, foi anunciado esta segunda-feira.
Em comunicado, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco afirma que estão internados quatro doentes por pneumonia por Legionella, sendo que três estão internados no serviço de “Medicina 1” e um outro doente nos cuidados intensivos do HAL. A administração da ULS informa ainda que o quarto doente a dar entrada na unidade hospitalar de Castelo Branco “foi admitido na sexta-feira (14 de novembro)” e adianta que se trata de uma pessoa “da região de Vila Franca de Xira”. “Os doentes apresentam sinais de ligeira melhoria, mantendo-se a todos uma vigilância estreita”, lê-se no documento.
A Legionella, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detetada no dia 7 no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado 317 casos de infeção. Estão confirmadas oito mortes, de acordo com o mais recente balanço publicado pela Direção-Geral de Saúde. O diretor-geral da Saúde, Francisco George, anunciou na sexta-feira que alguns dos doentes com Legionella têm a bactéria encontrada em torres de arrefecimento de fábricas em Vila Franca de Xira, mas não identificou os estabelecimentos fabris em causa, alegando que o caso está “em segredo de justiça”.
Francisco George falou numa conferência de imprensa, com a presença dos ministros da Saúde, Paulo Macedo, e do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia, Jorge Moreira da Silva, para apresentação dos resultados dos estudos epidemiológicos efetuados pela taskforce constituída para acompanhar o surto de legionella de Vila Franca de Xira. A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada.