Se a implementação do automóvel eléctrico é, nitidamente, algo que parece preocupar mais construtores e políticos do que o cidadão comum, já a extrema popularidade dos SUV deriva, de forma inequívoca, de uma escolha dos consumidores. De tal forma que, hoje, a questão que se coloca à maioria dos construtores já nem é tê-los ou não tê-los, mas antes quantos ter…
Mais uma prova disso mesmo chega-nos de terras de Sua Majestade, com a Jaguar a anunciar o lançamento oficial do E-Pace, o seu novo SUV compacto, e a sua terceira proposta nesta matéria – desde já fazendo companhia ao enaltecido F-Pace, aos quais se juntará, em breve, o i-Pace, o primeiro modelo eléctrico da casa de Conventry. Aliás, é tal a aposta da historicamente conservadora casa britânica neste segmento que o E-Pace é já por si antevisto como o modelo que vai dominar as respectivas vendas a curto prazo, para o efeito sendo produzido tanto na Europa como China.
Tal como no F-Pace, para o êxito do E-Pace prometem começar por concorrer dois atributos fundamentais: a aura que sempre rodeou o nome Jaguar, mesmo nos seus tempos mais atribulados, e um design a que só muito poucos conseguirão ficar indiferentes. Neste particular, a marca do felino afirma que a inspiração proveio do desportivo F-Type, destacando a imponente grelha frontal, o perfil fluido do tejadilho (que pode ser na cor da carroçaria, contrastante em preto ou dando lugar a um enorme tecto panorâmico fixo), a traseira imponente e a iluminação exterior integralmente por LED (ópticas dianteiras por matriz de LED em opção). Este é, ainda, o primeiro modelo deste segmento a disponibilizar, como opção, jantes de 21”.
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Com 4.395 mm de comprimento e uma distância entre eixos de 2.681 mm, o E-Pace conta ainda com um habitáculo que garante oferecer um generoso espaço para cinco ocupantes, a que se junta uma ampla bagageira, cuja capacidade varia entre 557 e 1.234 litros – podendo, em opção, contar com abertura e fecho “mãos-livres” do portão traseiro. A elevada qualidade dos materiais e os inúmeros locais para arrumação de objectos serão outros trunfos a reter num interior em que também pontificam o sistema de infoentretenimento de última geração com ecrã táctil de 10” e ligação às aplicações preferidas do utilizador (através das InControl Apps), as quatro tomadas de 12 Volt, as cinco ligações USB e o hotspot wi-fi 4G que permite a ligação de até oito dispositivos.
A oferta de motores é integralmente composta pelos membros da nova família Ingenium da Jaguar Land Rover, em que todas as unidades partilham o mesmo bloco com 2,0 litros de capacidade, cuja eficácia é apoiada por uma aposta no alumínio como forma de reduzir o peso do veículo (capot -10 kg; guarda-lamas dianteiros -3 kg; tejadilho -6 kg; portão traseiro -15 kg), a que se juntam a travessa de suporte do painel de instrumentos em magnésio fundido, e os painéis laterais em aço com uma secção de apenas 0,7 mm (3,5 kg mais leves do que se construídos em aço convencional. A oferta diesel inclui as versões de 150 cv e 430 Nm, 180 cv e 430 Nm e 240 cv e 500 Nm; as opções a gasolina são protagonizadas pelas variantes de 249 cv e 365 Nm e 300 cv e 400 Nm.
Quanto à transmissão, são várias as configurações possíveis, consoante o tipo de motor em questão. O diesel de 150 cv é o único disponível com tracção apenas dianteira, sempre combinada com uma caixa manual de seis velocidades, sendo a sua variante de tracção integral proposta tanto com caixa manual como com a caixa automática ZF de oito relações. Todos os outros motores são sempre combinados com a tracção total, mas, entre eles, o Diesel de 180 cv é o único a permitir optar entre a caixa manual ou automática, já que os restantes são exclusivamente propostos com a citada caixa automática ZF.
Opção adicional, para as versões de 240 cv a gasóleo e de 300 cv a gasolina do E-Pace, é o sistema de Transmissão Activa inteligente, que aqui faz a sua estreia na Jaguar. Uma solução que, através de duas embraiagens em banho de óleo, consegue repartir o binário entre as duas rodas traseiras até um máximo de 100%. Assim reforçando o carácter de tracção traseira tão caro à Jaguar, mas num veículo de transmissão integral – isto porque a electrónica do sistema envia sempre o máximo binário possível para o eixo posterior.
Para optimizar a dinâmica de condução, o E-Pace pode ainda dispor de mais três opcionais: o sistema de vectorização de binário; o sistema All Surface Progress Control, que gere automaticamente a velocidade (entre os 1,8-30 km/h) nas superfícies de muito reduzida aderência, para ajudar o condutor a manter o controlo do veículo; e a suspensão de amortecimento pilotado (em cujo preço se incluem já as jantes de 21”, obrigatoriamente associáveis a este dispositivo).
Ao dispor do condutor está, igualmente, o sistema de selecção dos modos de condução (Eco, Normal, Dynamic e Chuva/Neve (gelo), que ajusta em conformidade a resposta do acelerador, da direcção e – quando instalados – da caixa automática e da suspensão activa. Opcionais são o painel de instrumentos digital de 12,3” e novo head-up display, o primeiro da Jaguar com tecnologia TFT, que permite projectar até 66% mais informação no pára-brisas, graças aos gráficos a cores de grande dimensão com nitidez aumentada.
Em termos de segurança, a câmara estereoscópica é a base do sistema de travagem de emergência com detecção de peões, a que se junta o airbag insuflado a partir da secção traseira do capot, para maximizar a protecção em caso de atropelamento. Apoiados por essa mesma câmara são os sistemas de alerta de saída involuntária da faixa de rodagem, de leitura de sinais de trânsito, de monitorização do ângulo morto e de alerta de cansaço de condutor, assim como o limitador de velocidade adaptativo. Sendo de série, em todas as versões, a câmara traseira e os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros (passíveis de ser complementados pelo novo sistema de detecção dianteira de veículos, que alerta o condutor quando se aproximam veículos em cruzamentos com visibilidade reduzida).
Já disponível para encomenda em Portugal, o novo E-Pace apresentar-se-á, durante o primeiro ano de comercialização, numa série especial First Edition, apenas com os motores Diesel de 180 cv e a gasolina de 249 cv, sempre com caixa automática. Proposto em três cores exteriores (branco Yulong, preto Santorini e vermelho Caldera, esta última exclusiva), é caracterizado pelos acabamentos exteriores em preto brilhante, pelas jantes de 20” com raios duplos e acabamento diamantado acetinado e, obviamente, por um equipamento bastante enriquecido. Aqui se destacando o revestimento em pele Windsor em cor marfim com costuras vermelhas contrastantes, a iluminação ambiente configurável, o tejadilho panorâmico, o head-up display, os pontos de carregamento adicionais, as barras na bagageira, a suspensão activa, o sistema mãos-livres da bagageira, os tapetes e proteções das embaladeiras exclusivos First Edition e a pulseira Activity Key.
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Quanto a preços, a versão de acesso de 150 cv e tracção dianteira é proposta a partir 45.257€, ou de 50.355€ com tracção total. A variante de 180 cv é comercializada por valores desde 52.506€ com caixa manual, e 57.086€ com caixa automática. As opções mais dotadas são propostas a partir de 71.241€ no caso da versão diesel de 240 cv, de 53.640€ no caso da versão a gasolina de 249 cv e de 65.653€ no caso do mais potente motor a gasolina de 300 cv.
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