O Benfica prepara-se para instaurar um processo-crime contra Pinto da Costa, a SAD do FC Porto e o Porto Canal, aos quais vai exigir um total de 50 milhões de euros, no caso dos e-mails trocados entre dirigentes benfiquistas. A notícia é do Correio da Manhã, que adianta que o Benfica pondera acusar o clube rival de concorrência desleal, acesso ilegítimo a correspondência privada, difamação e violação do segredo de negócio.
De acordo com aquele jornal, o clube da Luz está neste momento a reunir um grupo de trabalho com juristas e consultores de “quatro das mais conceituadas sociedades de advogados de Portugal”. Além disso, terá concluído, após uma peritagem do seus sistema informático, que os e-mails chegaram ao FC Porto devido a um ataque pirata e não a uma fuga interna.
As quatro acusações do FC Porto ao Benfica nos últimos dois meses
Esta notícia surge ao mesmo tempo que o DIAP de Lisboa está a investigar o Benfica por eventuais crimes de corrupção desportiva. No passado mês de junho, o Ministério Público confirmou ter recebido uma denúncia anónima contra o clube da Luz. Em causa, estarão alegadas trocas de e-mail entre o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira; o assessor jurídico da SAD, Paulo Gonçalves; o diretor de conteúdos da Benfica TV e comentador na TVI24 Pedro Guerra; e também o ex-árbitro Adão Mendes.
Também em junho, o FC Porto anunciou que tinha entregado todos os e-mails e restante documentação na sua posse à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
Pedro Guerra pode estar de saída da televisão do Benfica
O caso dos e-mails também pode levar o comentador e diretor de conteúdos da BTV, Pedro Guerra, a abandonar as suas funções no canal benfiquista. A notícia foi avançada pela Sábado esta quinta-feira, que explica ainda que, apesar de estar previsto ser Pedro Guerra a anunciar este desfecho, a decisão de afastar o controverso comentador benfiquista partiu da direção do clube.
De acordo com a Sábado, que cita fontes anónimas, manter Pedro Guerra na estrutura benfiquista é algo “insustentável” tendo em conta o seu alegado papel nos e-mails divulgados no Porto Canal, pelo diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques.