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Ainda não se sabe se foi uma bactéria que matou a menina de sete anos

Este artigo tem mais de 5 anos

Joana Teixeira morreu por falência dos rins, mas ainda não se sabe se a doença foi causada por uma bactéria ou mesmo se a doença foi transmitida pelo seu hamster de estimação.

Só é possível conhecer a causa da doença depois de concluído o estudo epidemiológico
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Só é possível conhecer a causa da doença depois de concluído o estudo epidemiológico

ESTELA SILVA/LUSA

Só é possível conhecer a causa da doença depois de concluído o estudo epidemiológico

ESTELA SILVA/LUSA

Uma menina de sete anos morreu no dia 13 de novembro, no Hospital de São João, no Porto, vítima de falência renal. O jornal Correio da Manhã avançava que a doença teria sido causada por uma bactéria transmitida pelo hamster da família, mas a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), contactada pelo Observador, não confirma esta informação. Justifica que ainda estão a apurar as causas da doença.

A criança esteve com vómitos e diarreia durante alguns dias antes de ser admitida num hospital em Alfena, Valongo. O agravamento do estado de saúde obrigou a que Joana Teixeira fosse transferida para o Hospital de São João, onde viria a morrer dois dias depois, segundo o Correio da Manhã.

No dia 16 de novembro, o diretor do Agrupamento Escolas de Águas Santas, Manuel Carneiro Ferreira, fez chegar aos encarregados de educação e funcionários uma nota informativa com esclarecimentos sobre a doença que poderia ter causado a morte de Joana Teixeira e as medidas de proteção recomendadas pela Autoridade de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde Maia/Valongo (Aces Maia/Valongo).

“Esta doença infecciosa adquire-se, principalmente, através da ingestão de alimentos ou água contaminados, sendo também possível a transmissão pessoa a pessoa (fecal-oral)”, refere a nota informativa. “As principais medidas de proteção recomendadas são as medidas habituais de higiene pessoal e alimentar, comuns a outras infeções transmitidas pelos alimentos (incluindo a água) e por via fecal-oral.”

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Em momento nenhum a Autoridade de Saúde do Aces Maia/Valongo se refere à transmissão da doença por um animal. Nem no comunicado de imprensa emitido a pedido do diretor do agrupamento escolar, que queria fornecer informação tão credível quanto possível aos pais. “Trata-se de um caso isolado de doença infecciosa, causada por uma bactéria que raramente causa doença humana com esta gravidade”, lê-se no comunicado.

A ARS Norte confirma a forma de transmissão da doença, mas não confirma que tenha sido causada por uma bactéria. “Ainda está a decorrer o estudo epidemiológico”, diz ao Observador Antonino Leite, assessor de imprensa da ARS Norte. É este estudo que vai determinar quais as causas da doença que levaram à falência dos rins da menina de sete anos. Mas ainda não há data prevista para a sua conclusão, diz Antonino Leite.

“Trata-se de uma doença de notificação obrigatória, pelo que a Autoridade de Saúde Local está a proceder à investigação epidemiológica, de acordo com o seu perfil de competências”, confirma ao Observador Maria Neto, diretora do Departamento de Saúde Pública da ARS Norte.

Embora afirme que se trata de uma “doença de notificação obrigatória”, que se adquire pela ingestão de água e alimentos contaminados, Maria Neto, contactada pelo Observador, não adianta como se chegou a esta classificação. A diretora do Departamento de Saúde Pública da ARS Norte também não esclarece porque é que o delegado de saúde, Luís Castro, refere que a doença foi “causada por uma bactéria” no comunicado enviado ao agrupamento escolar.

Até que se conclua o estudo epidemiológico, a Autoridade de Saúde Aces Maia/Valongo tranquiliza pais e funcionários do Centro Escolar da Gandra. “Não se justificam medidas adicionais, não havendo motivos para a interrupção das normais atividades escolares nem do funcionamento da cantina escolar.”

O Observador contactou também o Hospital de São João, mas neste momento ainda aguarda por respostas.

E se a doença tivesse mesmo sido transmitida por um animal?

Contactada pelo Observador, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) descarta a possibilidade de a doença ter sido provocada pelo animal de estimação. “Não há qualquer evidência de que o foco de contágio tenha sido o animal de estimação, tendo em conta que nenhuma das doenças transmitidas dos roedores para os humanos provoca diarreia e vómitos nas pessoas
atingidas.”

Quando há suspeitas concretas de que o agente que causou a doença no humano é o mesmo que causou a doença no animal “necessário comprovar laboratorialmente se o agente é exatamente igual”, explica a DGAV. Esta avaliação só pode ser feita em laboratórios oficiais como o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge ou o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Caso se confirme que o agente é o mesmo, o laboratório deve então comunicar a situação à Administração Regional de Saúde (ARS) e à Direção Geral de Saúde (DGS). E, caso se trate de uma doença de declaração obrigatória, nacional ou internacional, a DGAV é oficialmente notificada.

A partir daí, explica a DGAV, adotam-se medidas de contingência para neutralizar a expansão da doença: recolha e isolamento do animal num centro de recolha oficial e submissão a análises laboratoriais para confirmação. Caso se confirme a presença do agente infeccioso são aplicadas medidas de emergência: desinfeção dos locais e materiais com os quais o animal contactou e observação clínica de outras pessoas que eventualmente pudessem ter estado em contacto com animal.

Atualização às 22h45 com a informação disponibilizada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

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