O veterano Cyril Ramaphosa ganhou a corrida para suceder a Jacob Zuma como líder do ANC, naquilo que é descrito pelos principais órgãos internacionais como “o final de uma longa maratona”. O novo número 1 do principal partido conseguiu vencer Nkosazana Dlamini-Zuma, ex-mulher de Zuma, por 179 votos (2.440-2.261), com o anúncio a ser retardado em relação ao previsto pelo pedido de recontagem feito após os primeiros resultados.

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Desta forma, como explica também a BBC, Ramaphosa fica numa posição de força para 2019, quando se realizarem as eleições presidenciais da África do Sul. O Wall Street Journal e o Financial Times analisam também os resultados como uma grande derrota para o atual líder do país, Jacob Zuma, abrindo mesmo a hipótese de haver uma saída mais célere de Zuma do cargo e consequente entrada do atual vice-presidente.

Este sufrágio surge numa altura particularmente delicada na vida do African National Congress, como o próprio Jacob Zuma assumiu sábado no discurso de despedida. “O nosso fracasso na resolução de problemas começou a pesar no nosso movimento e o nosso povo esta frustrado. Perdemos tempo a discutir uns com os outros quando devíamos resolver os desafios diários do país”, comentou, numa ideia que se refletiu nos vários escândalos de corrupção durante a sua presidência e as derrotas em cidades como Joanesburgo e Pretória em 2016.

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