Foi sem avançar com uma proposta, tal como adiantou o Observador ao início da tarde desta quinta-feira, que o ministro da Segurança Social entrou na reunião de concertação social que iniciou a discussão do aumento do salário mínimo. Pedro Mota Soares quis ouvir os parceiros, com um único pressuposto: ligar a subida do salário mínimo nacional à evolução da produtividade.

Dito de outra forma: o Executivo de Passos Coelho admite um aumento este ano, mas a futura evolução do SMN ficaria presa à evolução da produção do país. Durante a reunião discutiu-se a base de trabalho, uma subida para os 500 euros (que Mota Soares não pôs em causa), abrindo-se a hipótese de um acordo para cinco anos. A definição em concreto de como se mede a produtividade ficou para se discutir em reuniões posteriores – sendo certo que o acordo nunca se fechará antes de o FMI assinar o último cheque do FMI, confirmou o Observador.

O critério da produtividade foi aceite por quase todos os parceiros – à excepção da CGTP, que saiu da reunião a falar de uma “farsa” e a acusar o Governo de querer “adiar” o aumento. Já a UGT, falou de “um bom critério”, mesmo que ele “possa aumentar ou diminuir sem culpa dos trabalhadores”.

Para a reunião, Mota Soares levou um estudo do grupo de trabalho conjunto (onde sindicatos e patrões estiveram representados), que mostrava os impactos que uma subida do salário mínimo terá nos vários setores da economia.

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A outra grande questão em cima da mesa é, agora, a do timing do aumento do salário mínimo: UGT e CGTP pedem aumento já em julho, patrões sugerem outubro.

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