“Não era possível e continuará a não ser possível.” O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, garantiu esta manhã de domingo que não vão ser realizadas construções nas áreas ardidas no Parque Natural de Sintra-Cascais, pelo fogo que deflagrou na noite de sábado.

Independentemente de ter havido este incidente ou este acidente, são áreas onde já não eram permitidas serem construídas e, portanto, também continuará a não ser permitido”, assegurou Carlos Carreiras.

O presidente da Câmara de Cascais explicou que o “próprio plano de ordenamento legal” do Parque Natural de Sintra-Cascais “não permite construção”. Carlos Carreiras adiantou que “não é pelo facto das áreas terem ardido que se torna necessário fazer qualquer outro tipo de determinação para não permitir construção no Parque [Natural de Sintra Cascais]”.

Não estamos com esse perigo, com esse risco, de maneira nenhuma. Não era possível e continuará a não ser possível”, acrescentou ainda.

O autarca interrompeu o ponto da situação da Proteção Civil esta manhã de domingo para responder às questões feitas pelos munícipes sobre essa possibilidade, através das redes sociais. “A última vez que tivemos um incêndio entre Malveira da Serra e o Guincho, deu origem a mais um condomínio privado“, lê-se numa resposta a uma das publicações de Carlos Carreiras na sua página do Facebook.

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O incêndio deflagrou no sábado, às 22h50, na zona da Peninha, na serra de Sintra. As chamas alastraram depois ao concelho de Cascais. O combate ao fogo foi num dificultado pelos ventos que chegaram a ter rajadas de 100 quilómetros por hora. Pela manhã de domingo, os meios aéreos foram ativados, auxiliando as operações que chegaram a mobilizar quase 800 bombeiros. Quatro aldeias foram evacuadas e dois bombeiros ficaram feridos. Há ainda uma frente ativa.

“Bem-vindos ao inferno.” A luta dos bombeiros, o vento que não deu descanso e os concelhos que não dormiram