O objetivo era estudar a vida microbiana em ambientes com condições e localizações extremas. Para tal, os exploradores Sam Crossman e George Kouronis projetaram um drone equipado com câmaras GoPro, capaz de resistir durante mais tempo ao calor da lava e aos gases expelidos por um vulcão.

Apesar de o dispositivo ter sido destruído momentos mais tarde, o grupo de cientistas publicou o vídeo do interior da cratera Marum, em Vanuatu (Sul do Pacífico), enquanto ardia a mais de 1090 ºC. O vídeo foi então divulgado pela National Geographic.

O geobiólogo Jeffrey Marlow do Instituto da Tecnologia da Califórnia explica que estas gravações oferecem material muito importante para a ciência, porque são “um bom exemplo do que irá acontecer no planeta e do que já aconteceu ao longo do tempo geológico”. O explorador acrescenta que “é como ouvir o som do coração da Terra”.

Além da informação sobre as colónias de microrganismos em ambientes vulcânicos e sobre o dinamismo geológico destas regiões, o grupo de cientistas conseguiu recolher milhares de fotografias do vulcão. Esse álbum vai permitir criar uma imagem tridimensional da cratera, o que traz vantagens ao estudo do ecossistema local. A cratera Marum é composta por basalto e tem uma caldeira com 12 km de comprimento. É um dos pontos mais ativos do arquipélago de Vanuatu e faz parte dos cerca de 500 vulcões ativos no planeta Terra.

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