João Proença, dirigente do PS e ex-secretário-geral da UGT, disse ao Observador que a apresentação da candidatura de António Costa às eleições primárias no partido, esta sexta-feira, no Porto, foi “frustrante” e que não trouxe nada de novo. “Diria que foi um discurso em que não foi apresentada uma única razão para a sua candidatura. Não houve nenhuma ideia nova, nenhuma ideia diferenciadora do atual secretário-geral do Partido Socialista”, começou por dizer. “Foi um discurso frustrante para aquilo que esperava.”

O dirigente considera ainda que houve alguns pontos em comum com o Contrato de Confiança que António José Seguro apresentou há dias. “Palavras diferentes mas sem uma ideia inovadora. Sobretudo sem uma justificação para o ‘eu estou aqui’ e de como se define em relação a António José Seguro. Não explicou porque não concorda com a política atual do PS. Não se sentiu uma única linha diferenciadora do que vem sendo a linha do partido”, disse.

“Esperava um discurso que explicasse porque transformou a vitória nas europeias numa derrota do PS. Não saiu nada [do discurso]. Não saiu uma ideia nova. Nem uma justificação”, afirmou.

Questionado sobre se este discurso terá algum impacto positivo em António José Seguro, João Proença preferiu a contenção: “Não sei se vai beneficiar António José Seguro. Foi apenas a primeira sessão…”.

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