Chuck Blazer, o informador que expôs o escândalo de corrupção na FIFA, admitiu em tribunal que terá recebido ‘luvas’ para influenciar a escolha dos locais onde se realizariam pelo menos dois os mundiais de futebol.

Num documento de 40 páginas que foi entregue no tribunal, divulgado na íntegra pela CNN, Blazer diz que houve outros membros da FIFA que foram subornados, entre 2004 e 2011, para a escolha de África do Sul – que organizou o mundial de há cinco anos. E admitiu ter movido influências para que outra a escolha do Mundial de 1998, que acabou por se realizar em Paris. Mas as fontes da CNN indicam que Blazer teria tentado que o evento fosse em Marrocos, país que acabou por ficar pelo caminho – com Paris a vencer a luta pela organização.

Também esta quarta-feira, num comunicado aos canais de televisão de Trindade e Tobago, o ex-vice-presidente da FIFA, Jack Warner, admitiu que “teme pela sua vida”, mas prometeu distribuir documentos a “mãos diferentes e respeitadas” que provam o elo de ligação entre a organização de futebol e as eleições que tiveram lugar em Trindade e Tobago, o país de origem de Warner, em 2010, noticiaGuardian. 

O comunicado foi transmitido sob a forma de publicidade, paga por Warner, com um título sugestivo: “The Gloves Are Off”. O vídeo tem uma duração total de oito minutos e a qualidade de som é fraca.

Jack Warner é um dos nove dirigentes ou ex-dirigentes da FIFA envolvidos no escândalo de corrupção que rebentou na semana passada, e que está agora a ser investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Os envolvidos estão acusados de associação criminosa e corrupção, por atos cometidos nos últimos 24 anos, estando em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros), escreve o Telegraph. Warner já se declarou inocente.

Warner pode vir a ser extraditado para o Estados Unidos devido às recentes acusações de corrupção.

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