O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) criticou, em Lisboa, o discurso do Presidente da República nas comemorações oficiais do 10 de junho, onde recusou estar presente, considerando que “não condiz com a realidade”.

“Quando, ao longo dos anos, e agora particularmente nesta fase final se consagram medidas que vêm afetar terrivelmente os combatentes do presente, não faria sentido nós estarmos numa cerimónia onde se fazem discursos piedosos e depois a realidade desmente essas palavras”, afirmou Pereira Cracel aos jornalistas, à margem do 22º Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes, que decorreu na capital portuguesa.

Após uma cerimónia milita tida de manhã deu-se em Lamego o arranque a sessão solene do 10 de junho, que teve lugar no centro multiusos da cidade.

A cerimónia teve primeiro com uma intervenção da presidente da comissão organizadora das comemorações do Dia de Portugal, Elvira Fortunato, seguindo-se depois o discurso de Cavaco Silva.

A sessão solene terminou com a condecoração de mais de 40 personalidades, entre as quais o ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos e, a título póstumo, o antigo ministro da Ciência Mariano Gago, ao passo que o programa oficial das comemorações fechou com um almoço oferecido pelo presidente da Câmara Municipal de Lamego, na Quinta da Pacheca.

Mais de cem lesados do papel comercial vendido aos balcões do BES manifestaram-se à margem das festividades mas longe do local da cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

A cerimónia começou às 10h no Largo da Feira e, pouco depois, os manifestantes chegavam junto à estátua do soldado desconhecido, a cerca de 300 metros, na presença de um forte dispositivo policial.

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