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Tino, a peça invisível que cada vez se vê melhor (a crónica do Famalicão-Benfica)

Este artigo tem mais de 2 anos

Enzo voltou a surgir como pêndulo, Draxler fez a estreia e Musa foi titular mas foi de novo o "invisível" Florentino Luís a comandar um Benfica q.b. para passar em Famalicão com um golo de Rafa (0-1).

Florentino Luís voltou a ter um papel determinante no meio-campo para dar os equilíbrios necessários à equipa do Benfica em Famalicão
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Florentino Luís voltou a ter um papel determinante no meio-campo para dar os equilíbrios necessários à equipa do Benfica em Famalicão

DeFodi Images via Getty Images

Florentino Luís voltou a ter um papel determinante no meio-campo para dar os equilíbrios necessários à equipa do Benfica em Famalicão

DeFodi Images via Getty Images

Já não era propriamente uma exceção, foi-se repetindo algumas vezes, tornou-se com o tempo uma regra a vários níveis e estruturas. A mudança de paradigma no futebol do Benfica fez-se sentir a vários níveis. Na comunicação interna, naquilo que se vai dizendo para fora, na tentativa de simplificar e explicar todas as opções que são tomadas para os adeptos, na ideia de não deixar passar qualquer reparo que tenha de ser feito mesmo que esteja relacionado com arbitragens (o que só aconteceu na parte final da última época). Em campo e fora dele. E esta sexta-feira foi mais um exemplo paradigmático disso mesmo, com Roger Schmidt a abordar o lançamento da deslocação a Famalicão também à luz dos castigos de João Mário e Gonçalo Ramos e Rui Costa a explicar mais tarde na BTV todas as operações de mercado no verão.

Benfica vence em Famalicão com golo de Rafa e mantém liderança isolada da Liga só com vitórias

“Precisamos de todos os jogadores esta época. Temos começado quase sempre com o mesmo onze, o que é bom, pois significa que os jogadores estavam disponíveis. Agora, perdemos dois jogadores por erro do árbitro. Mostraremos que temos um bom plantel, que outros jogadores podem substituir estes e aproveitar este momento para aparecerem. Espero que quem jogue traga a mesma performance. O Famalicão já mostrou que consegue defender muito bem, deixando o adversário fora da área, e teremos de estar muito organizados. Vamos ter muita posse de bola mas temos de ter atenção na defesa e pressionar como no último jogo. Estamos habituados a isso, é o que fazemos para controlar”, comentou o alemão.

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“Já disse várias vezes que precisamos de todo o plantel. É verdade que nos últimos jogos temos começado várias vezes com o mesmo onze mas agora temos esse problema com dois jogadores suspensos. Temos de admitir que perdemos os jogadores não por verdadeiros cartões mas sim por erros do árbitro. Vamos substituir esses jogadores e é a vez dos que jogarem amanhã mostrarem que estão presentes. Os jogos fora têm sido todos difíceis e temos de estar prontos. Os jogadores têm treinado bem e queremos voltar a dar provas disso”, frisou mais tarde, alertando para as dificuldades que os encarnados sentiram sobretudo em Leiria frente ao Casa Pia, antes de um triunfo forasteiro mais confortável com o Boavista.

Também pelas baixas por castigo, ambas nas posições mais ofensivas da equipa, que se juntavam à lesão de Morato no centro da defesa, muito do sucesso do Benfica em Famalicão passaria de forma inevitável pela estabilidade que o meio-campo conseguisse continuar a dar à equipa em todos os momentos do jogo. E, de forma inevitável, o foco recaía no meio-campo em Florentino Luís e Enzo Fernández, o jogador que mais elogios merecera por parte de Rui Costa na véspera. “É a aquisição mais cara, se cumprirmos os objetivos. Ninguém tem dúvidas por que insistimos tanto neste jogador. Quando o apontámos não foi só para dois meses, apontámos para um futuro no Benfica. Apostei as fichas todas nesta contratação. É uma mais valia, acredito que os adeptos estejam contentes por ele estar cá”, destacou o líder do clube.

Draxler, que também foi falado nesse mesmo momento, fez a estreia pelo Benfica no lugar de João Mário mas acabou por sair ao intervalo com uma exibição discreta em busca ainda de um melhor momento em termos físicos. Musa, elogiado por Rui Costa apesar da “entrada tímida”, também foi pela primeira vez titular. No entanto, e mais uma vez, os principais destaques foram para aqueles que acabaram por não abordados pelo presidente dos encarnados: Grimaldo, que está em ano de final de contrato e voltou a ser determinante pelos desequilíbrios que cria na frente tendo feito mais uma assistência para o único golo, e Florentino Luís, médio que continua a ter números como mais ninguém no Campeonato a nível de ações defensivas e que voltou a ter um papel determinante nos equilíbrios que o Benfica nunca perdeu.

Ficha de jogo

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Famalicão-Benfica, 0-1

6.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Municipal de Famalicão

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Famalicão: Luiz Júnior; De la Fuente (Gustavo Sá, 81′), Riccieli, Mihaj, Rúben Lima; Pelé (Pedro Brazão, 73′), Youssouf Zaydou (Jhonder, 81′), Colombatto; Ivo Rodrigues, Francisco Moura (Kadile, 55′) e Alejandro Millán (Rui Fonte, 73′)

Suplentes não utilizados: Dalberson, Penetra, Simões e Théo Fonseca

Treinador: Rui Pedro Silva

Benfica: Vlachodimos; Gilberto (Bah, 65′), Otamendi, António Silva, Gilberto; Florentino Luís, Enzo Fernández (Aursnes, 84′); David Neres (Chiquinho, 65′), Rafa, Draxler (Diogo Gonçalves, 46′) e Musa (Rodrigo Pinho, 65′)

Suplentes não utilizados: Helton, Brooks, Ristic e Henrique Araújo

Treinador: Roger Schmidt

Golo: Rafa (63′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Colombatto (90+2′) e Gustavo Sá (90+4′); cartão vermelho direto a Ivo Rodrigues (no final do jogo)

O Famalicão conseguiu deixar bons sinais nos minutos iniciais, com Francisco Moura a pegar mal na bola num remate que poderia ter levado perigo após cruzamento de Alejandro Millán e Pelé a ter uma iniciativa individual a passar por vários adversários mas a cair antes de tentar visar a baliza de Vlachodimos, mas foi o Benfica a assumir o jogo logo com uma primeira oportunidade flagrante travada por Luis Júnior após remate de David Neres em combinação com Musa (4′). Houve de seguida tentativas em posição irregular e prensadas na defesa da casa mas os encarnados tinham colocado o jogo a seu gosto, acampando no meio-campo contrário e pressionando mais alto para condicionar as tentativas de saída.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do Famalicão-Benfica em vídeo]

Aos poucos, tendo mais bola e conseguindo ocupar os espaços entre linhas ocupados por Rafa ou por Neres quando joga por dentro, o Famalicão conseguiu travar esse assédio do Benfica à área. Não criou também situações de golo, não teve sequer chegadas promissoras ao último terço, mas foi baixando o ritmo do jogo e fazendo com que o ataque encarnado fosse mais posicional e com isso menos difícil de travar. Draxler ainda teve uma tentativa de remate que foi prensada num defesa e acabou tocada por Luiz Júnior para canto mas os minutos iam passando sem que nenhum dos guarda-redes tivesse muito trabalho.

Só mesmo nos minutos finais antes do intervalo houve outra capacidade de criar situações na área, neste caso das duas equipas: Enzo Fernández atirou em zona central para defesa de Luiz Júnior após assistência de Musa de costas para a baliza (36′), David Neres obrigou também o guarda-redes brasileiro a defender para canto num lance em que surgiu pelo meio recebendo o passe de Gilberto (41′) e Zaydou, no único remate enquadrado dos famalicenses em toda a primeira parte, obrigou Vlachodimos à intervenção mais difícil dos 45 minutos iniciais (45+1′). Estava dado o mote para um segundo tempo diferente.

Em apenas dois minutos, Luiz Júnior voltou a ter outras tantas defesas de categoria a segurar o nulo em remates de Musa e David Neres (53′ e 54′). A segunda parte tinha menos de dez minutos mas o brasileiro já levava mais intervenções do que tinha feito no jogo com mais defesas do Campeonato. Tanto ou mais do que o balanceamento ofensivo, os encarnados tinham bloqueado de vez o Famalicão que deixara de ter ataque e Schmidt, que já tinha trocado Draxler por Diogo Gonçalves ao intervalo, percebia que a dinâmica criada nesse período era a indicada para lançar outros intervenientes para decidir. Nem foi preciso. E, com Bah, Chiquinho e Rodrigo Pinho prontos para entrar, Rafa conseguiu inaugurar o marcador (63′).

Em mais um lance em que a projeção atacante de Grimaldo pela esquerda fez a diferença (e a passagem de Diogo Gonçalves para a sua frente melhorou o rendimento do espanhol), o cruzamento do internacional foi para a zona morta da área entre as costas da defesa e o guarda-redes e Rafa surgiu de forma oportuna a fazer o desvio para o 1-0. Em vantagem, não mais os encarnados permitiram que o Famalicão fosse em busca de outro resultado, mesmo perdendo em grande parte a capacidade de chegada à baliza de Luiz Júnior. Mesmo entre dificuldades, o Benfica continua 100% vitorioso no Campeonato e na época.

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