19 jogos, 15 vitórias, quatro empates. O Benfica mantém-se invicto esta temporada e tem agora seis pontos de vantagem em relação ao FC Porto, tendo conquistado uma vitória no Dragão pela primeira vez desde 2019. É a 7.ª vez que os encarnados chegam a esta fase da temporada sem derrotas, sendo que não acontecia desde 2011/12 com Jorge Jesus.

Rafa, a cara de uma mudança de mentalidade que começou na cabeça de Roger (a crónica do FC Porto-Benfica)

Depois do apito final, Roger Schmidt reconheceu que este foi um “jogo difícil”. “Não foi um bom jogo mas era o que esperávamos. Tivemos de defender muitas bolas longas, disputar muitas segundas bolas e acho que o fizemos bem. Não jogámos ao nosso melhor nível mas defendemos bem. Num jogo com muitas faltas, muitas queixas, perdemos a oportunidade para jogar melhor futebol no final da primeira parte, logo a seguir ao cartão vermelho. Na segunda parte jogámos melhor. Era claro para nós que teríamos a nossa hipótese de vencer o jogo, o que acabou por acontecer. Merecemos ganhar. Estou feliz com os meus jogadores”, explicou o treinador alemão na conferência de imprensa.

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“Tivemos de mudar três jogadores ao intervalo, caso contrário não terminaríamos o jogo com onze jogadores. Se eles quisessem marcar era em bolas longas, contra-ataque ou então bolas paradas. A paciência foi decisiva para controlar o jogo e na segunda parte controlámos. Na primeira parte, o jogo estava completamente fora de controlo. Por isso, fiz as substituições ao intervalo, por causa dos amarelos. Houve muitos contactos. Foi um jogo difícil também para o árbitro. Como disse, não estou ciente de acabar o jogo com 11 jogadores se os deixasse em campo”, acrescentou Schmidt.

O técnico encarnado referiu ainda que ganhar no Dragão não era “decisivo” — mas que se tornou “um statement“. “O primeiro ganhar ao segundo é uma afirmação. Temos de melhorar e hoje era um jogo para isso mesmo. Um jogo diferente, com muitas emoções. Foi um bom teste para nós. Agora, temos de nos focar na Juventus”, disse Roger Schmidt.

“Cada jogo em Portugal é um primeiro jogo para mim. Falo muito com o meu staff antes de cada jogo. Todos me falavam da atmosfera deste jogo mas senti-la aqui foi muito especial. Mesmo contra 10 não foi nada fácil, foi uma grande vitória. Estou feliz com os meus jogadores. Não porque jogámos um futebol fantástico mas porque mostrámos uma grande atitude”, terminou o alemão. No fim, já após o apito final e depois de festejar efusivamente com a restante equipa técnica, Schmidt mostrou o porquê de ser uma lufada de ar fresco no futebol português: levou com uma bola de papel nas costas, em pleno relvado, nem sequer olhou para trás e levantou o polegar.