O corpo de um jovem palestiniano que tinha sido raptado foi encontrado esta quarta-feira em Jerusalém. Segundo o Guardian, esta morte está a ser considerada um ato de vingança pelo homicídio dos três jovens israelitas encontrados na segunda-feira.

O porta-voz da polícia israelita, Mickey Rosenfeld, disse, citado pela CNN, que as autoridades estão a tentar perceber se os dois incidentes estão relacionados.

De acordo com a CNN, a polícia israelita encontrou o jovem algumas horas depois de ter recebido uma chamada que denunciava que uma pessoa tinha sido forçada a entrar num carro em Beit Hanina, um bairro palestiniano no leste de Jerusalém.

Algumas testemunhas citadas pelo Guardian dizem ter visto um carro preto a parar junto a um jovem que pedia boleia e que foi forçado a entrar na viatura. Pouco tempo depois, a família deu conta do desaparecimento junto das autoridades.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A polícia não quis revelar a identidade da vítima, mas a televisão palestiniana Aqsa noticiou que Mohammad Abu Khair, um jovem de 17 anos, foi raptado e morto por colonos em Jerusalém.

À medida que as notícias do seu desaparecimento e da sua morte se espalharam, surgiram confrontos entre residentes palestinianos e as autoridades israelitas em Shufat, perto de Beit Hanina. Perto da casa do jovem, uma multidão enfurecida atirou pedras à polícia, que respondeu com bombas sonoras, disse um correspondente da AFP.

Esta descoberta acontece um dia depois de se realizarem os funerais dos três adolescentes israelitas – Eyal Yifrach, 19 anos, Gilad Shaar, 16 anos e Naftali Frankel, 16 anos – raptados na Cisjordânia no dia 12 de junho e cujos corpos foram encontrados na segunda-feira. Estas mortes provocaram grande raiva em Israel e o Governo de Netanyahu atribuiu a responsabilidade ao Hamas.

Durante os funerais, o primeiro-ministro israelita disse que o país iria vingar as mortes dos jovens que aconteceram “às mãos de homens maus”. A resposta israelita não tardou. Netanyahu anunciou a detenção de centenas de ativistas do Hamas, bem como o encerramento de dezenas de instituições em Gaza e a demolição de algumas casas. Houve também ataques aéreos das forças israelitas na cidade controlada pelo Hamas.