O cessar-fogo de 72 horas acordado entre o Hamas e Israel terminou esta sexta-feira às 06h00 depois do movimento palestiniano ter recusado o seu prolongamento. Momentos depois do fim do período de trégua, cinco rockets foram lançados a partir da Faixa de Gaza. Os rockets foram dirigidos contra a zona sul de Israel, tendo um deles sido interceptado sobre a cidade de Askhelon, a norte da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Moshe Ya’alon deram ordens ao exércitos israelita para “responder com força” aos rockets disparados pelo Hamas.

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Os dirigentes do Hamas presentes no Cairo acusam Israel de inviabilizar um acordo por recusar as petições palestinianas. Pouco depois do anúncio palestiniano um militar israelita alertava para a eventual necessidade do país continuar a campanha militar contra o Hamas. “A reação tem de ser dura” se o Hamas voltar a disparar contra Israel, disse o líder do comité de Negócios Estrangeiros e Defesa do parlamento, Zeev Elkin.

Do lado palestiniano, a mais urgente e necessária reivindicação que Israel terá de aceitar é a abertura de um porto marítimo no enclave isolado por Israel.

O objetivo da suspensão das hostilidades foi dar uma oportunidade para que delegações enviadas pelas duas partes ao Cairo se entendam, por intermédio do Egito, quanto a uma trégua mais duradoura.

O conflito iniciou-se no passado dia 8 de julho, quando Israel deu início à operação militar “Margem Protetora”, com ataques aéreos para responder ao disparo de foguetes palestinianos, a partir da Faixa de Gaza, contra território israelita. A 17 de julho, o exército israelita começou manobras terrestres para destruir a rede de túneis construída pelo Hamas, que controla o enclave desde 2006, e é usada para ataques em zonas fronteiriças. Mais de 1.850 palestinianos morreram em 28 dias de ofensiva. Do lado israelita, morreram perto de 60 pessoas.