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Jonathan Brady - WPA Pool/Getty Images

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11 curiosidades do casamento real: um lugar vago, flores colhidas pelo noivo e quem teve a ideia do gospel

Acha que reparou em tudo durante o casamento de Harry e Meghan? Talvez não. Passámos a cerimónia a pente fino e contamos-lhe 11 curiosidades sobre o enlace do ano.

Um véu que demorou centenas de horas a bordar, um noivo que se armou em jardineiro na véspera do casamento, as escolhas musicais do príncipe Carlos e o lugar que esteve sempre vazio durante a cerimónia. Estas são apenas algumas das curiosidades do casamento de Harry e Meghan, que levou cerca de cem mil pessoas para as ruas de Windsor.

Meghan parou os aviões

Foram apenas 15 minutos, mas a verdade é que Meghan Markle já pode dizer que parou os aviões em Windsor — sim, a chegada da Duquesa de Sussex à Capela de São Jorge foi motivo mais do que suficiente para que as autoridades do aeroporto de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo, segundo a Reuters, concordassem em fechar o espaço aéreo.

O período em que os aviões não puderam circular na zona de Windsor, entre as 11h45 e as 12h, coincidiu precisamente com o momento em que o Rolls-Royce vintage em que Meghan seguia com a mãe, Doria Ragland, se aproximou do Castelo de Windsor e o momento em que a noiva saiu do carro. A medida foi tomada para que o barulho dos aviões não interferisse de forma alguma com a aparição de Meghan.

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A restrição do espaço aéreo na cidade histórica onde os Duques de Sussex deram o nó não se estendeu à celebração da missa, nem mesmo à receção dos noivos, como anteriormente se pensava que ia acontecer. Um porta-voz do Serviço Nacional de Tráfego Aéreo (NATS, na sigla em inglês) disse ao Huffington Post que “o aeroporto de Heathrow concordou em fornecer um período de 15 minutos sem voos sobre Windsor às 11h45 do dia 19, dia do casamento real” acrescentando que o NATS trabalhou com o aeroporto de Heathrow para garantir que a medida não causasse qualquer “interrupção operacional ou atrasos para os passageiros”.

Gospel no casamento? A ideia foi do príncipe Carlos

Foi o príncipe Carlos quem teve a ideia de ter o coro de gospel a cantar no casamento de Harry e Meghan. “Não foi o casal a ligar-nos primeiro, a chamada veio de Clarence House [residência oficial do príncipe de Gales]. Pelo que sei, o príncipe Carlos gosta muito de música gospel“, disse Karen Gibson, a fundadora e diretora do Kingdom Choir, citada pelo The Guardian.

O coro atuou durante o casamento e cantou a música “Stand by me”.

“O casal sabia bem o que queria que fosse cantado e como queriam que fosse cantado, mas a ideia partiu do príncipe Carlos — mas ele ficaram muito contentes por terem gospel [na cerimónia]”, acrescentou Karen Gibson.

Membros da família real enterrados na capela de São Jorge

Há vários membros da família real que estão enterrados na capela de São Jorge. Entre eles, o Rei Henrique VIII e a sua terceira (e favorita) mulher, Jane Seymour. Seymour, que sucedeu Ana Bolena — decapitada a 19 de maio de 1536 (sim, 19 de maio) –, foi Rainha durante apenas um ano, morreu em 1537 e foi enterrada na capela. Henrique VIII, que morreu dez anos depois, em 1547, e foi enterrado junto da terceira mulher. O Rei Guilherme IV mandou colocar uma pedra de chumbo no corredor central da capela no local onde ambos estão enterrados, que foi descoberto em 1837, quando a capela estava a ser restaurada.

A mãe de Meghan Markle, Doria Ragland, e o príncipe Carlos a pisar a pedra de chumbo, que assinala o local onde estão enterrados o Rei Henrique VIII e a sua terceira mulher Jane Seymour

OWEN HUMPHREYS/AFP/Getty Images

Quem também está enterrada na capela onde já decorreram 16 casamento reais é a Elizabeth Bowes-Lyon, a Rainha-mãe e bisavó de Harry, e a tia-avó do Duque de Sussex, a princesa Margarida.

Alianças de ouro galês e de platina

Tanto Meghan como Harry vão usar alianças, mas são diferentes. O anel da Duquesa de Sussex é feito de ouro vindo do País de Gales, oferecido pela Rainha Isabel II, enquanto a aliança de Harry é de platina com acabamento texturado. Ambas foram desenhadas pela Cleave and Company, os joalheiros da Rainha que também desenharam o anel de noivado.

O anel de noivado e a aliança de Meghan Markle

John Sibley - WPA/Getty Images

Já é tradição as mulheres da família real usarem alianças de ouro galês. Desde o início do século XX que muitas alianças de casamentos reais tiveram a mesma origem: o ouro extraído da mina de Clogau no País de Gales. A tradição foi estabelecida no casamento do Duque de York com Elizabeth Bowes-Lyon — mais tarde, rei Jorge VI e rainha Isabel, pais de Isabel II. A família real tinha uma pepita de ouro desta mina, que usou para fazer as alianças da rainha Isabel II, da princesa Margarida (irmã da rainha), da princesa Ana (filha de Isabel II) e da princesa Diana, lê-se no site da Família Real Britânica.

Desta pepita sobra apenas um grama, mas, em 1981, a Royal British Legion, uma instituição de caridade que dá apoio a membros e veteranos das Forças Armadas britânicas, ofereceu a Isabel II uma peça de 36 gramas com 21 quilates de ouro proveniente da mina galesa. Está a cargo do responsável pelas joias da coroa britânica para ser utilizada para o fabrico de alianças para membros da Casa Real.

Segundo o jornal Telegraph, parte desta última peça foi utilizada para fazer a aliança de Sarah Ferguson, que casou com o príncipe André em 1986. Tanto Camila, a Duquesa da Cornualha, como Kate, mulher do príncipe William, têm alianças de ouro galês. Não se sabe, contudo, ao certo a origem do ouro usado para fazer a aliança da Duquesa de Cambridge: “o ouro foi dado ao príncipe William pela Rainha pouco depois do casal ficar noivo… Não há mais detalhes da mina da qual provém o ouro”, adiantou Clarence House, a residência oficial do príncipe Carlos e de Camila.

[Reveja os 5 momentos-chave do casamento neste vídeo de 2 minutos]

https://www.youtube.com/watch?v=BUFcmMW6Iz8

Havia dúvidas se Harry iria usar alianças, já que são poucos os homens da família real que usam: o avô e o irmão do noivo não usam, mas o pai, o príncipe Carlos, usa a aliança no dedo mindinho da mão esquerda, por baixo de um anel de sinete.

Um casamento, duas ex-namoradas na capela

É certo que estamos a falar da realeza britânica, de gente cheia de bom senso e protocolo, mas é igualmente certo que, na vida real, seria assinalável o facto de, na cerimónia de casamento, estarem presentes duas ex-namoradas do noivo. Aconteceu com Harry. As presenças em questão já estavam mais do que anunciadas.

Chelsy Davy e Cressida Bonas estiveram na capela de São Jorge, prova de que, terminados os relacionamentos, conseguiram manter as boas relações com o príncipe. Chelsy, atualmente com 32 anos, foi a relação mais longa do príncipe. Os dois namoraram entre 2004 e 2011. Com Cressida, a história foi bem mais breve. Formaram um casal entre 2012 e 2014. Aparentemente, a relação chegou ao fim devido à pressão que o mediatismo do príncipe exercia sobre a jovem atriz.

Cressida Bonas e Chelsy Davy, a ex-namoradas de Harry que não faltaram ao casamento

Agora parece que está tudo bem entre o príncipe e as suas ex-namoradas e a prova é que foram convidadas para o casamento. Estiveram entre os primeiros convidados a chegar à capela e, enquanto Chelsy deu mais nas vistas com um tocado exuberante, embora vestida de escuro, Cressida, agora com 29 anos, passou mais despercebida.

Quantas flores tinha o véu de cinco metros de Meghan?

Ao primeiro vislumbre, o véu da noiva parecia só uma grande extensão de tule de seda, cinco metros sem grande assunto, portanto. Só que não. Na verdade, tal como o vestido, este símbolo máximo de castidade veio diretamente do atelier da Givenchy, em Paris, mas deu bem mais trabalho do que imaginámos à primeira. Afinal, a orla do véu foi bordada à mão com fios de seda e organza. Impressionado? Espere só até saber que as flores representadas são símbolos da flora de cada um dos 53 países da Commonwealth. África, Ásia, Pacífico, Europa e Américas — todos os continentes representados num único véu, agarrado por dois pajens e arrastado pela ala central da Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

As flores representadas no véu são símbolos da flora de cada um dos 53 países da Commonwealth

Ben Stansall - WPA Pool/Getty Images

Clare Waight Keller, a designer britânica que, no ano passado, assumiu a direção criativa da maison de alta-costura, encarregou-se, segundo a Casa Real, de acompanhar ela própria este trabalho feito à mão. Terão sido “centenas de horas”, como dá conta o comunicado oficial libertado logo após a chegada da agora Duquesa Sussex à cerimónia. Além de um processo moroso e minucioso, os artesãos do atelier tiveram mesmo de lavar as mãos de meia em meia hora para que a seda e os bordados permanecessem intactos. As especificidades do véu não ficam por aqui. Às 53 flores representativas dos países da união intergovernamental, Meghan quis acrescentar as suas duas favoritas: wintersweet, uma espécie que cresce em frente à Nottingham Cottage, no Palácio de Kensington, onde Harry e Meghan vão morar, e californa poppy, a flor que serve de símbolo ao estado onde a noiva nasceu, a Califórnia, precisamente.

O bouquet com flores colhidas por Harry

Podem dizer-se várias coisas sobre o bouquet com que Meghan Markle entrou na capela. Era meio rústico? Era. Fazia um bonito quadro com o vestido simples e minimal? Fazia, de facto. Mas o mais interessante neste arranjo é o facto de as flores terem sido colhidas pelo próprio noivo na véspera do casamento. Parece que o príncipe Harry passou por uma experiência de jardinagem na última sexta-feira, no jardim privado do Palácio de Kensington. As flores terão sido depois entregues à florista Philippa Craddock, que compôs o bouquet que há de ficar para sempre viçoso em vídeos e fotografias.

As flores do bouquet foram colhidas pelo Harry na véspera do casamento

Ben STANSALL - WPA Pool/Getty Images

Entre os espécimes incluídos, estiveram os miosótis, nada mais nada menos do que as flores preferidas de Diana. As flores terão sido especialmente escolhidas pelo casal para honrar a memória da princesa neste que foi um dia especial. Além de ervilhas doces, lírios do vale e jasmins, os rebentos de murta não foram deixados de lado, até porque são uma tradição dos ramos reais, desde 1858, quando a princesa Vitória, filha da rainha com o mesmo nome, casou com Frederico III. Desde então que a flor nunca mais foi embora. Os rebentos agora usados por Meghan provêm do exemplar originalmente plantado em Osborne House, na Ilha de Wight, pela própria rainha Vitória, em 1845, e de onde vieram os ramos usados no bouquet de Isabel II, em 1947.

Meghan, a (primeira) Duquesa de Sussex

A Rainha Isabel II concedeu os títulos de Duque e Duquesa de Sussex a Harry e Meghan. O anúncio foi feito este sábado, horas antes do início da cerimónia.

Apesar de já ter existido um Duque de Sussex — o príncipe Augustus Frederick, sexto filho do Rei Jorge III –, nunca houve uma Duquesa de Sussex. O príncipe casou duas vezes, mas como o pai nunca reconheceu nenhum dos matrimónios, o título de Duquesa não foi atribuído.

É oficial: Harry e Meghan vão ser os Duques de Sussex

Segundo o jornal inglês The Sun, especulou-se que o título de Duque de Sussex seria dado ao príncipe Eduardo, filho mais novo de Isabel II, depois do seu casamento com Sophie Rhys-Jones em 1999. No entanto, o casal recebeu o título de Duque e Duquesa de Wessex.

Michael Curry, o bispo que tomou de assalto a cerimónia e as redes sociais

A homilia do bispo da Igreja Episcopal norte-americana foi um dos momentos altos do casamento. Michael Curry falou de amor, citou Martin Luther King Jr. e as suas palavras sentidas provocaram sorrisos e olhares de espanto. E como não podia deixar de ser, as redes sociais foram tomadas de assalto com comentários e memes do bispo americano.

Quem é o bispo ativista e descendente de escravos que “incendiou” o casamento real?

Lugar vago na cerimónia não era uma homenagem a Diana

Houve um lugar ao lado do Duque de Cambridge que ficou vago ao longo de toda a cerimónia. Inicialmente, especulou-se que seria um lugar para a mãe de Harry e William, a princesa Diana, mas a ideia foi rapidamente desmistificada.

Ao que parece, ninguém se sentou nesse lugar porque a Rainha estava atrás e é suposto o lugar imediatamente em frente a Isabel II estar sempre vazio. “Vi notícias que diziam que o lugar vago ao lado do príncipe William na capela tinha sido deixado em memória da princesa Diana. Não foi por essa razão. O lugar em frente à Rainha é sempre deixado vago, disse-me o BP [Buckingham Palace]”, lê-se no tweet da jornalista do Daily Mail, Rebecca English.

As inovações de Meghan: o percurso que fez sozinha e o discurso desta noite

Meghan Markle é a noiva do dia. A ex-atriz, divorciada, afro-americana e feminista — agora duquesa de Sussex — veio revolucionar a família real britânica. Caso não tenha estado atento à cerimónia do casamento real, sim a noiva subiu a escadaria que dá acesso à Capela de São Jorge sozinha — ou melhor, acompanhada apenas pelos seus dois pequenos pajens — e sim, Meghan vai discursar no copo de água.

Num gesto feminista, a agora esposa de Harry decidiu caminhar apenas acompanhada pelas damas de honor e pelos pajens durante boa parte do trajeto até se encontrar com o príncipe de Gales — já dentro da capela –, que a acompanhou depois até ao altar. Um acontecimento inédito que vai ficar marcado na história da família real britânica. Segundo a CNN, este já seria o plano de Meghan mesmo que fosse o seu pai, Thomas Markle, a acompanhá-la ao altar. Na mesma publicação pode ler-se que a noiva o terá feito para mostrar que não quer abandonar os seus ideias feministas — um gesto que é bem visto tanto por Harry como pelo príncipe de Gales.

Mas não ficam por aqui as “revoluções” de Meghan. Depois de meses de especulação, o Palácio de Kensington anunciou que a duquesa de Sussex vai quebrar o protocolo e fazer um discurso para o príncipe Harry, frente às cerca de 200 pessoas que estão na receção que acontece esta noite, na Frogmore House. Antes, o Palácio tinha dito que o momento ia acontecer durante o copo de água que se seguiu à cerimónia.

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